O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, defendeu o estudo da prorrogação do auxílio emergencial no Congresso Nacional . A declaração foi dada em um evento econômico promovido pelo banco BTG Pactual.
Segundo Pacheco, cabe ao Legislativo tomar frente, seja como protagonista ou coadjuvante, do assunto junto ao Palácio do Planalto. O presidente do Congresso ressaltou, também, a necessidade de um programa social mais robusto que o Bolsa Família .
"O que nos cabe agora, como homens públicos, responsáveis, dentro dessa responsabilidade social, mas obviamente sem olvidar da responsabilidade fiscal, é identificarmos se esses quatro meses do auxílio emergencial serão suficientes ou se precisaremos estender por mais um ou dois meses", disse Pacheco.
"Precisaremos estabelecer a discussão e a implantação efetiva de um programa social que incremente ou substitua, como se queira, o Bolsa Família, atingindo o maior número de pessoas realmente necessitadas e que possa eventualmente ter um valor um tanto mais acrescido”, concluiu.
A fala de Rodrigo Pacheco vai de encontro com a opinião do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL). O parlamentar afirmou que vê espaço para estudos do Congresso sobre um novo programa social fixo . A data marca o fim dos pagamentos previstos para a segunda rodada do auxílio emergencial, e com isso torna-se necessária, na visão de Lira, a reformulação do Bolsa Família.
"Esse é um texto que terá que ser proposto pelo governo, mas vamos trabalhar para que ele seja votado em 2021", disse em entrevista à revista Exame .
O Palácio do Planalto também estuda a possibilidade da prorrogação do benefício, mas ainda não divulgou como seria a nova rodada de pagamentos. Nos bastidores, o Ministério da Economia estuda fixar as parcelas do auxílio em R$ 250 e, após o fim da pandemia, manter o valor para beneficiários do Bolsa Família.