O monitor de pagamento de impostos, o "Impostômetro" , da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) motrou que, até hoje (19), a população brasileira já pagou R$ 1 trilhão em impostos aos governos federal, estaduais e municipais desde o primeiro dia deste ano. O valor é maior que em anos anteriores, como 2020 e 2019.
A marca foi superada, devido ao aumento da inflação , em comparação com a alteração no preço dos produtos, além da desvalorização do real frente ao dólar. O crescimento da economia em alguns setores, como do varejo, de saúde, de exportação, além do aumento do consumo online, também são fatores responsáveis.
Para se ter uma ideia, na comparação dos anos, entre 2016 e 2019, os brasileiros trabalharam 153 dias para pagar impostos, enquanto em 2020 foram 151 , ou seja, dois dias a menos, apenas, mesmo em um período de distanciamento social e retração econômica. Os dados são do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). A expectativa é que a população trabalhe mais esse ano para pagar impostos.
“Várias prestações de serviços e o comércio estão sendo muito afetados na pandemia, mas atividades que geram muitos impostos cresceram bastante também”, disse Marcel Solimeo, economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo. Para ele, as exportações em alta e o volume de produtos vendidos em supermercados colaboram para uma alavancagem na arrecadação de impostos, uma vez que os produtos vêm subindo.
No estado de São Paulo, os tributos pagos chegam a, aproximadamente, 38% do total que é arrecadado no país, impactado pelo aumento na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). As maiores arrecadações são: Imposto sobre Serviços (ISS), o Programa de Integração Social/Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o Imposto de Importação (II), além do ICMS.
O cálculo do Impostômetro, em nível federal, é feito com base em dados da Receita Federal, Secretaria do Tesouro Nacional, Caixa Econômica Federal, Tribunal de Contas da União e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No âmbito estadual, os dados vêm do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), das Secretarias Estaduais de Fazenda, Tribunais de Contas dos Estados e Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda. Já para os cálculos de arrecadações municipais, as informações são obtidas por meio da Secretaria do Tesouro Nacional, dos municípios, que divulgam seus números em cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, dos Tribunais de Contas dos Estados.