O Mercado Livre anunciou nesta segunda-feira que vai investir R$ 4 bilhões no estado de São Paulo neste ano. O montante representa 40% do total a ser aplicado no país pela companhia em 2021 e será prioritariamente direcionado a logística e tecnologia.
A empresa de comércio eletrônico de origem argentina também iniciou o processo de contratação de 7.500 pessoas no Brasil . Desse total, 5.000 vagas serão criadas em São Paulo, nas cidades de Cajamar, Osasco e Louveira.
O aporte no país é 250% maior que o realizado em 2020, e ocorre na esteira do forte crescimento do e-commerce no país desde o início da pandemia.
Das vagas criadas em São Paulo, 4.500 serão na área de logística, 450 no setor de tecnologia da informação e 450 em outras áreas da empresa. Os processos seletivos já começaram, segundo o presidente do Mercado Livre no país, Fernando Yunes.
"É provável que no ano que vem o investimento seja ainda maior, dado que a penetração do comércio eletrônico no Brasil é de 11%. Antes da pandemia era 5%, há muito espaço para crescimento. Nos Estados Unidos, é 25%", ressalta o executivo.
Cerca de 85% dos vendedores do Mercado Livre estão no estado de São Paulo e, por isso, a companhia vai reforçar seu aporte em logística para reduzir os prazos de entrega das mercadorias no país.
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O investimento do Mercado Livre ocorre em meio ao forte crescimento do comércio eletrônico no país. No ano passado, as vendas via internet subiram 41%, segundo levantamento da Ebit/Nielsen.
Outras gigantes do segmento, como a Amazon e a Magazine Luiza, também anunciaram investimentos. A primeira inaugurou na última semana um centro de distribuição em Cajamar, mesma cidade em que o Mercado Livre concentra sua logística. Já a Magalu tem investido principalmente em aquisições de startups e na área tecnológica para manter competitividade.
A companhia assinou uma parceria com o governo estadual paulista para selecionar estudantes entre 18 e 24 anos do Centro Paula Souza para as vagas geradas no estado.
Além disso, o acordo prevê a capacitação, por meio de cursos on-line, de mais de 100 mil empreendedores que hoje vendem produtos na plataforma do Mercado Livre. Segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, Patricia Ellen, o governo também vai oferecer microcrédito aos vendedores.
No ano passado, o Mercado Livre auxiliou no processo de abertura de empresas de 66 mil vendedores em São Paulo, o que representa, segundo o governo estadual, 20% do total de negócios formalizados em 2020.
A parceria com o Mercado Livre também é realizada com outras empresas de tecnologia como Amazon, IBM, Microsoft, Google e Salesforce, de acordo com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).