Guedes falou home à TV Senado
Marcelo Camargo / Agência Brasil
Guedes falou home à TV Senado

O ministro da Economia, Paulo Guedes , em entrevista à TV Senado, fez referência ao enfrentamento da crise econômica e disse que "o sacrifício já foi pago, quando congelamos os salários ano passado." Segundo ele, a vitória deste ano já foi conquistada com o congelamento de salários dos três níveis de governo, federal, estadual e municipal por 3 anos . Além disso, novamente defendeu a vacinação em massa da população. 

Ele afirmou que o Brasil enfrentou "com sucesso" a "primeira guerra contra a pandemia " e agora começa a se recuperar, com a arrecadação recorde de R$ 127,7 bilhões em fevereiro , somando R$ 300 bilhões no bimestre. Além diso, ele ressaltou que a atividade econômica está voltando, com 260 mil novos empregos criados.

Guedes demostrou preocupação com a segunda onda da pandemia do novo coronavírus. "A  desorganização da economia seria um golpe mortal no país. Temos um duplo compromisso, são crises gêmeas, a econômica e a da pandemia", disse o ministro. "Em dezembro, mesmo sem o auxílio emergencial a economia se comportou bem, em janeiro e fevereiro seguiu. (...) Quando a doença subiu, nós tivemos que voltar à economia de guerra", completou.

Para liberar recursos para o auxílio emergencial, Guedes afirma que interferiria no Orçamento para 2021, que não está sequer aprovado. "A PEC de Guerra já é conhecida pelo Congresso, e pode ser aprovada mais rápido, permitindo o pagamento do benefício, e deixando um protocolo para crises futuras", disse ele. 

"A opção do invisível era muito cruel: morre de Covid ou morre de fome", disse ao defender criação e manutenção do benefício. 

Sobre a possibilidade de manutenção em R$ 600, Guedes questionou os senadores presentes: "Vocês estavam aqui esse tempo todo, poderiam ter colocado o Bolsa Família em R$ 600, não R$ 200. É um absurdo esse valor tão baixo durante tanto tempo."

Orçamento 2021

"Com a criação da PEC, nós definimos um limite para não desorganizar a economia. Por exemplo, auxílio emergencial, R$ 44 bilhões, ou seja, em média R$ 250 reais, esses recursos vão chegar na ponta e a primeira camada de proteção foi atengida. Vem mais aí", acrescentou. 

Sobre a aprovação do Orçamento para o ano de 2021, Guedes afirmou que no caso de votação hoje, "podemos disparar imediatamente a antecipação dos benefícios para aposentados e pensionistas . São mais R$ 50 bilhões injetados de dezembro na economia para agora", afirmou Guedes. 

O ministro também defendeu a indexação de recursos do Orçamento, "descarimbamos o dinheiro para a Saúde. 8,5% do PIB foi destinado para a saúde, não faltaram recursos", defendeu. 

Enfrentamento da pandemia

Ele enxerga melhoras no enfrentamento da crise, citando o diferimento dos impostos do Simples Nacional, para pequenas e médias empresas, anunciado ontem. O recolhimento de tributos fica suspenso para abril, maio e junho, gerando R$ 27 bilhões em recursos.

Além disso, aproveitou para defender o lockdown, para desacelerar o vírus, ea vacinação, para acelerar a imunização. "Se vacinarmos um milhão de pessoas por dia, vacinaremos todos os idosos em pouco mais de um mês. Em 40 dias teremos um novo cenário ", afirmou.  

Guedes defendeu a ajuda da iniciativa privada para ajudar a compra de vacinas. Permitindo a contribuição de empresários, e em contrapartida estes receberiam isenções.

Como medida de contenção da inflação, citou a independência do Banco Central, aprovado depois de 40 anos. Outros programas aprovados pelo Congresso, Pronampe e BEm, foram essenciais para Guedes pois protegeram 11 milhões de empregos. 

Marco Legal do Saneamento e do Gás foram lembrados também pelo ministro, que prometem bilhões de investimento.

Por fim, ele defendeu a privatização do que chamou de "estatais dependentes" para financiar os recursos "na veia" para os mais pobres. Dessa forma "o orçamento sai da mão do governo e vão direto para quem precisa", finalizou o ministro. 















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