Abraham Weintraub é acusado de promover desinformação e fazer campanha política
Agência Brasil
Abraham Weintraub é acusado de promover desinformação e fazer campanha política

O ex-ministro da educação e atual diretor do Banco Mundial , Abraham Weintraub , pode ser investigado por desinformação correlacionada à pandemia do novo coronavírus e por promover campanha política. A Associação de Funcionários do Banco Mundial solicitou o inquérito ao conselho de ética da instituição.

A folha de São Paulo teve acesso ao documento enviado ao comitê, em que os funcionários acusam Weintraub de comportamento "inaceitável" e "incompatível" com os valores do Banco. 

O documento editado em 24 de fevereiro conta com exemplos de postagens dele a respeito da vacina Coronavac, da cloroquina, de ataques ao governador de São Paulo, entre outros. 

"Dado o papel crítico do Banco Mundial na luta contra a Covid-19 no mundo, achamos inaceitável que um membro do conselho administrativo (muito mais do que qualquer outro membro da equipe) publique nas mídias sociais informações patentemente falsas, aparentemente com o objetivo de politizar a pandemia ou contribuir para teorias da conspiração", diz o documento.

Em junho, a mesmo Associação já havia pedido a suspensão temporária do nome de Weintraub para o cargo de US$ 20 mil (116.051,30 reais) mensais, até que fosse averiguada sua conduta de discursos de ódio contra a China. A reivindicação foi negada e ele assumiu o cargo no mês seguinte.

No cargo desde 30 de julho, com mandato renovado em novembro por mais dois anos, Weintraub tem intercalado suas reuniões no banco —a maioria de forma virtual— com a divulgação de vídeos em suas redes sociais sobre diversos temas, que serviram de motor propulsor para a nova carta da associação. 

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O documento, além de negar a eficácia da hidroxicloroquina, afirma que o comportamento do diretor tem gerado preocupação entre os demais. "O Sr. Weintraub parece estar fazendo campanha para um cargo político no Brasil ao mesmo tempo em que é funcionário do Grupo Banco Mundial", diz a carta, alegando conflito de interesses.




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