O ministro da Economia, Paulo Guedes , disse nesta sexta-feira (05) que a vacinação em massa contra Covid-19 é a “coisa mais importante” que se tem agora. Ao comentar a votação da proposta que permite o pagamento do auxílio emergencial em 2021, o ministro disse que saúde e economia andam juntas.
"O próximo passo agora é a vacinação em massa. É a coisa mais importante que tem agora. O presidente (Jair Bolsonaro) sempre falou que economia e saúde andam juntas. É a vacinação em massa, se não a economia não se sustenta. Ela volta a cair ali na frente. Da mesma forma, a saúde não se sustenta. Imaginem que a gente deu o auxílio emergencial e as prateleiras vazias porque as pessoas perderam a saúde, ou porque a economia se desorganizou. Nós não podemos deixar a economia se desorganizar", afirmou Guedes.
Apesar da declaração do ministro, a vacinação anda em ritmo lento no Brasil por conta da baixa quantidade de doses disponibilizadas pelo Ministério da Saúde . O ministério prevê entregar 38 milhões de doses de vacinas em março, numa redução de quase 8 milhões de doses em relação ao que foi divulgado em fevereiro. Até agora, 7,6 milhões de pessoas receberam a a primeira dose da vacina, o equivalente a 3,62% da população brasileira.
Guedes disse também que essa é a “mensagem” que o presidente Bolsonaro tenta passar. Crítico das medidas de isolamento necessárias para combater a doença, Bolsoanro afirmou ontem ser preciso parar do que ele chamou de "frescura" e "mimimi" com a pandemia de Covid-19 e questionou até quando as pessoas ficarão, nas suas palavras, "chorando". O novo coronavírus já matou quase 260 mil brasileiros, e a mortes estão em alta, batendo recordes nos últimos dias.
"É muito importante isso. Essa é a mensagem que, o tempo inteiro, o presidente tem tentado passar também. Que, talvez por infelicidade, não deixou claro o problema da saúde e da vacinação em massa. Mas a agonia dele com a economia é a seguinte: se você der o auxílio e chegar lá e a prateleira estiver vazia, todo mundo com o dinheiro na mão, há inflação, falta de alimentos. Temos que manter os sinais vitais da economia", disse Guedes.