Uma nova projeção da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias ( Abrainc ) estima que as vendas de imóveis devem crescer cerca de 35% em 2021. Em 2020, apesar da crise econômica e sanitária decorrente da pandemia do novo coronavírus, o setor expandiu 26% de acordo com dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
No total, foram comercializadas 119.911 unidades no ano passado. Em entrevista à Jovem Pan, O presidente da Abrainc, Luiz Antonio França, indica que mesmo que haja um lockdown ou endurecimento maior nos protocolos os números não devem ser afetados.
“Se você tiver um recrudescimento da pandemia, se tiver lockdown geral ou algo assim. É um comportamento que você fica fora do mercado por um período de duas semanas, não muito maior. Acho que, se for algo curto, como nós vimos em outros países, eu não vejo uma grande alteração nas projeções”, diz França.
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O déficit habitacional ainda é muito grande no Brasil, e por isso o mercado demonstra otimismo na expansão. No entanto, os agentes do setor contam com a continuidade de juros baixos e inflação controlada.
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“As taxas de juros e a reforma do antigo Minha Casa Minha Vida beneficiou as famílias com rendas abaixo de 7 mil, com direito a subsídio e documentação, e isso facilitou a aquisição [de uma casa nova]”, diz Kelvin Pereira, corretor de imóveis.
Adaptação
Pereira avalia que o setor como um todo se adaptou com rapidez às mudanças impostas pela pandemia. “Acreditávamos que teríamos queda nas vendas, pois o índice de desemprego cresceu, então a ideia era pensar, de forma estratégica, como poderíamos passar segurança por um atendimento on-line”, conta.
Ele afirma que o mercado tem se articulado mais. “A estimativa é crescer, pois novas parcerias e capitais estão sendo investidos, para atingir o máximo de pessoas que não conseguiram realizar a compra”.