PIB de 2020 registra tombo de 4,1%
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PIB de 2020 registra tombo de 4,1%

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (3) o resultado do  Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020, a queda foi de 4,1% . O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em valores correntes, o Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) chegou a R$ 7,4 trilhões. 

"É o maior recuo anual da série iniciada em 1996. Essa queda interrompeu o crescimento de três anos seguidos, de 2017 a 2019, quando o PIB acumulou alta de 4,6% ", informou o IBGE.

Já o PIB per capita (PIB dividido pelo número de habitantes) alcançou R$ 35.172 no ano passado, refletindo um recuo recorde de 4,8%.

A retração do PIB em 2020 interrompeu uma sequência de 3 anos com crescimentos tímidos (1,1% em 2019, 1,8% em 2018 e 1,3% em 2017). Ainda assim, com a queda do ano passado, o país ainda não conseguiu retomar o patamar anterior às recessões dos anos 2015 e 2016.

Recuo por setor do PIB em 2020:

  • Serviços: -4,5%
  • Indústria: -3,5%
  • Agropecuária: 2%
  • Consumo das famílias: -5.5%
  • Consumo do governo: -4,7%
  • Investimentos: -0,8%
  • Exportação: -1,8%
  • Importação: -10,0%

PIB por trimestre

No 1º trimestre houve queda de 2,1%, e no 2º trimestre ocorreu o tombo recorde de 9,2% do PIB. Já no terceiro trimestre do ano, a recuperação foi de 7,7%, porém perdeu força nos últimos três meses do ano, avançando apenas 3,2%.  

Quando comparado com o quarto trimestre de 2019, que registrou queda de 1,1%, o valor é bem acima do equivalente no ano retrasado.

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Perspectivas de recuperação

Para 2021, com o avanço da pandemia, e novas medidas restritivas sendo aplicadas por governos estaduais, a atividade econômica tende a retrair e já se fala em recessão técnica (quando o primeiro e o segundo trimestres registram prévia do PIB negativa).  

A indefinição pelo auxílio emergencial e a  inflação galopante também trazem perspectivas pouco animadoras. 

Além disso, as reformas prometidas pela equipe econômica seguem empacadas no Congresso Nacional, enquanto a dívida pública alcança quase 90% do PIB. 

No último  relatório produzido pelo Branco Central, a projeção de elevação do PIB para 2021 no Brasil foi de 3,29%, porém a inflação chegaria a 3,87%.



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