Nesta terça-feira (2), a Associação dos Pousadeiros de Noronha vai se reunir com a empresa Insole de energia renovável para discutir a aplicação do plano que pretende trocar toda a fonte de energia elétrica do arquipélago de Fernando de Noronha por energia solar.
Ananias Gomes, presidente da Insole, afirma que "transformar a matriz energética de uma país é um plano ambicioso, mas estamos começando por Fernando de Noronha que será, até o fim do ano, movida 100% pelo sol".
A aposta é uma parceria com o banco Santander e faz parte do projeto Noronha Carbono Zero, do governo de Pernambuco.
A ilha é “um lugar maravilhoso, por isso o governo estadual e a iniciativa privada estão fazendo o máximo para sua preservar. Por exemplo, a partir do ano que vem, não entra mais carro a combustão lá na ilha”, afirma Gomes.
Uma das propostas é substituir a geração de energia termoelétrica, a principal no arquipélago, por energia solar. A maior parte da eletricidade de Fernando de Noronha vem de um conjunto de geradores a diesel que consome 450 mil litros por mês. Atualmente, 10% da energia de Noronha vem do sol.
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O presidente da Insole explica que o plano é “instalar uma usina em cada pousada”. Ele conta que, fechado o contrato, “a equipe técnica irá de pousada para verificar a situação do telhado. Vai pedir umas reparações e for precisa e já vai instalar”.
De acordo com os estudos feitos pela empresa, um dos grandes entraves para a ampliação do consumo de energia solar é o valor da instalação da usina em residências e estabelecimentos comerciais. Gomes, entretanto, afirma que a redução na conta de luz
após a instalação das usinas solares é capaz de cobrir o custo das placas em menos de três anos.
O setor hoteleiro de Noronha e a empresa negociarão a portabilidade da conta de energia convencional para a solar. A parceria com o banco Santander irá facilitar a concessão de crédito para viabilizar a aquisição de sistemas solares na Ilha. O clima é favorável a transição, diz o presidente.
Gomes prevê que, após fechados os contratos, a instalação em todo o arquipélago deverá levar três meses.
“Transformar a matriz energética de um país é um plano ambicioso, mas mexe no bolso das pessoas. Transformar a nossa matriz energética é reduzir a conta de luz. E a conta de luz pode ser uma ferramenta de transformação social, econômica e sustentável”, afirma.