O Governo Federal entregou, no começo da noite desta terça-feira (23), a Medida Provisória que prevê a privatização da Eletrobras . A medida é uma das prioridades do Ministério da Economia e deve render R$ 16 bilhões aos cofres públicos.
Em coletiva realizada no Congresso Nacional , o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a medida é uma “capitalização” da empresa, ou seja, o Governo irá vender ações no mercado financeiro e diminuir a sua participação na Eletrobras.
“Trazendo uma Medida Provisória que visa a capitalização da Eletrobras. A Câmara e Senado vão dar devida urgência a matéria, até por ser uma MP”, afirmou Bolsonaro.
“Nossa agenda de privatização continua a todo vapor. Nós queremos, sim, enxugar o estado, diminuir o tamanho do mesmo para que a nossa economia possa dar a satisfação que a sociedade precisa”, concluiu.
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), prometeu a discussão da MP do plenário na próxima semana. Há a expectativa de aprovação da medida em até maio deste ano.
“A Câmara irá iniciar com muita rapidez a discussão dessa MP, já com pauta para a próxima semana”, afirmou Lira.
Reação
O mercado financeiro reagiu bem à notícia da possibilidade da entrega da MP nesta terça-feira (23). Após cair na segunda-feira (22), sofrendo os efeitos da ameaça de intervenção do Governo nas tarifas de energia, as ações da Eletrobras apresentaram alta de 13,01%.
Para o pregão desta quarta-feira (24), é esperado um aumento ainda maior nos papéis da estatal.
No Congresso Nacional, há parlamentares relutantes a aprovação da medida provisória. A oposição já se declarou contra à privatização da empresa de energia elétrica. O ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também se pronunciou e disse que o projeto é “pura enrolação”.