A Câmara dos Deputados avalia dividir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) emergencial e aprovar primeiro o dispositivo que autoriza uma nova rodada de auxílio emergencial . As regras de contenção de gastos para crises futuras serão votadas depois, segundo o projeto.
O Ministério da Economia se opõe à proposta . A pasta tenta barrar a pressão, que aumentou de segunda-feira, 22, para esta terça, 23.
O ministro Paulo Guedes aceitou a concessão do novo auxílio sem corte de despesas em troca.
O Senado pautou a proposta para quinta-feira, 25 . A Câmara deve votar o texto na sequência. Com essa estratégia, o Congresso pode aprovar, no primeiro momento, apenas o artigo que permite uma "via rápida" para tirar o benefício do papel.
Isso possibilitaria que o auxílio seja pago sem um novo estado de calamidade, por meio de crédito extraordinário, fora do teto de gastos e sem interferir no esforço que a equipe econômica precisa fazer para atingir a meta de déficit primário, que permite rombo de até R$ 247,1 bilhões.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se reúne com Guedes nesta terça-feira para negociar a proposta.