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Lorena Amaro
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Nesta segunda-feira,  o banco Itaú divulgou os números dos seus lucros e da remuneração de seus acionistas. O lucro líquido total de 2020 foi de R$ 18,9 bilhões, queda de 28,9% na comparação com o ano anterior (R$ 26,583 bilhões). No último trimestre, a companhia reportou lucro de R$ 7,592 bilhões, pouco acima do verificado no mesmo período de 2019 (R$ 7,482 bilhões).

Quanto ao lucro líquido recorrente, que não conta as operações extraordinárias do banco, foi de R$ 18,5 bilhões até o fim de dezembro de 2020. Isto representa uma queda de 34,6% em relação ao mesmo período de 2019 (R$ 28,4 bilhões). 

Em entrevista ao G1, o presidente-executivo do Itaú, Milton Maluhy, disse que: "além das questões conjunturais provocadas pela pandemia de Covid-19 que ainda impactam o desempenho do banco, seguimos em um contexto competitivo particularmente dinâmico".

"Não faltarão desafios em 2021. Nesse contexto, vamos aprofundar o processo de digitalização das operações , sempre com o objetivo de melhorar a experiência dos nossos clientes, aumentar a eficiência e acelerar a nossa agenda de crescimento", afirmou.

Nos últimos três meses do ano, o lucro foi de R$ 5,388 bilhões, queda de 26,1% na comparação com o quarto trimestre de 2019.

Já o retorno sobre o patrimônio líquido anualizado, que mede como o banco remunera os seus acionistas, chegou a 14,5%. O índice ficou abaixo do de 2019, quando foi de 23,7%.


Números positivos


A carteira de crédito do Itaú cresceu 20,3% no ano passado e somou R$ 869,5 bilhões. Durante todo o ano de 2020, o banco destaca o avanço do crédito para a pessoa física (avanço de 6,6%) e para o segmento de micro, pequenas e médias empresas (alta de 33,9%).

Em virtude da pandemia, as despesas de provisão para créditos de liquidação duvidosa  somaram R$ 29,938 bilhões em 2020, alta de 52,1% na comparação com os R$ 19,68 bilhões de 2019. Despesas de provisão são um reserva de emergência, destinada a cobrir eventuais calotes. 

Ainda assim, a reserva não foi necessária, já que o índice de inadimplência acima de 90 dias encerrou o ano em 2,3%, uma queda de 0,7 ponto percentual na comparação com 2019. Trata-se de  uma tendência vista no país todo e impulsionada pelo auxílio emergencial


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