André Brandão, presidente do Banco do Brasil que está na mira do presidente Jair Bolsonaro
Marcelo Camargo/Agência Brasi
André Brandão, presidente do Banco do Brasil que está na mira do presidente Jair Bolsonaro

Embora a demissão de André Brandão ainda não tenha sido confirmada, o presidente Jair Bolsonaro já busca junto com integrantes do Palácio do Planalto um novo nome para comandar o Banco do Brasil, de acordo com fontes que acompanham as movimentações.

Um dos cotados neste momento é Mauro Ribeiro Neto, atual vice-presidente corporativo da instituição financeira. Ele é bem avaliado pelo Palácio do Planalto, mas é considerado muito jovem para o cargo. Bolsonaro gostaria de ver no cargo alguém com mais experiência.

Apesar da articulação, o ministro da Economia, Paulo Guedes , ainda tenta manter André Brandão no cargo. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também está buscando rever a decisão de Bolsonaro.

O executivo do BB está ameaçado de demissão por conta do anúncio, nesta segunda-feira (11), de um plano de enxugamento que inclui demissões e fechamento de agências . Bolsonaro teria ficado irritado com o anúncio, considerado de forte prejuízo político para o governo.

Dentro da equipe econômica, ainda há a expectativa de André Brandão ser mantido no cargo. O time de Guedes lembra que o executivo está atuando de acordo com o que acreditam os integrantes do Ministério da Economia, tendo como objetivo dar maior eficiência e economizar recursos públicos.

O sentimento é de que uma demissão tendo como causa um plano de enxugamento no Banco do Brasil vai abalar os ânimos de outros integrantes da equipe econômica que acreditam na agenda de Guedes.

Brandão chegou ao cargo por indicação de Campos Neto . Ele deixou o cargo de diretor de Global Banking e Markets para as Américas do HSBC, baseado em Nova York, e mudou com a família para Brasília.

Mesmo com os apelos da equipe econômica, Bolsonaro já estaria em busca de um nome para o lugar de Brandão.

Uma ala do governo que não quer entregar o cargo para indicações políticas. Essa parte do governo tenta afastar a imagem de que o executivo deixará o cargo na esteira das negociações para o comando do Congresso. O cargo de chefe do BB que pode ficar vago caso a demissão seja confirmada também é disputado por parlamentares.

Em comunicado ao mercado nesta quinta-feira, o Banco do Brasil informou que "não recebeu no âmbito de seus órgãos de governança nenhuma comunicação formal por parte do acionista controlador sobre qualquer decisão a respeito" da saída de Brandão.

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