Em conversa com simpatizantes na saída do Palácio do Alvorada , o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ironizou a possibilidade de prorrogar o auxílio emergencial em 2021. O benefício, extinto em dezembro, serviu como alternativa para aliviar as contas da população brasileira em meio à crise causada pela Covid-19 .
Um apoiador de Bolsonaro afirmou que o auxílio provocou o aumento da popularidade do Governo Federal no estado do Amazonas. No entanto, o presidente rebateu dizendo que ninguém trabalharia se pagasse R$ 5 mil por mês do benefício.
“Qual país do mundo fez auxílio emergencial? Parecido foi nos Estados Unidos. Aqui alguns querem torná-lo definitivo. Vamos pagar para todo mundo R$ 5 mil por mês, ninguém trabalha mais, fica em casa”, disse Jair Bolsonaro.
Bolsonaro voltou a criticar o fechamento do comércio e o funcionamento apenas de serviços essenciais, como supermercados e postos de combustíveis. A afirmação foi feita após o prefeito de Belo Horizonte , Alexandre Kalil, determinar o fechamento de atividades e a manutenção de serviços necessários a partir da semana que vem .
“Se começar a fechar tudo de novo, vai quebrar o Brasil. O Brasil vai se empobrecer. Um país pobre, de famintos", afirmou o presidente, ressaltando que o país está “quebrado”.
Discussão do auxílio no Congresso
Em coletiva para o lançamento da campanha para a presidência da Câmara dos Deputados realizada na tarde de quarta-feira (06), Baleia Rossi insinuou que tentará prorrogar o auxílio emergencial ou estudar a possibilidade de aumento no valor das parcelas e de beneficiários do Bolsa Família . O discurso, no entanto, não trouxe detalhes de como seria a possível extensão sem afetar o Teto de Gastos e ultrapassar os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal .
A iniciativa também está em discussão no Senado , onde há um projeto que pretende manter o benefício até março deste ano . A iniciativa foi proposta pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e até o momento não foi discutida pelo plenário.
Além de Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes , já declarou publicamente ser contra a prorrogação do auxílio emergencial . O líder de governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), também disse que o Governo não pretende discutir o benefício no Congresso Nacional.