A Peugeot
e a Fiat
se fundem na criação da Stellantis
, terceira maior montadora do mundo em volume de negócios, atrás da Toyota e da Volkswagen. Os acionistas de Peugeot validaram a fusão na manhã desta segunda-feira (4), e o mesmo deve acontecer durante a tarde com os acionistas da Fiat. As informações são da agência France-Presse (AFP).
O grupo francês PSA , dono da Peugeot, e o ítalo-americano FCA , dono da Fiat, devem anunciar, em breve, a data efetiva da fusão. A Stellantis terá, ao todo, mais de 400 mil funcionários e reunirá 14 marcas. Além de Fiat e Peugeot , estarão no grupo Alfa Romeo, Jeep, Dodge, Opel, Maserati, Citroen e Chrysler.
Ouvido pela AFP, o professor de estratégia da Escola Politécnica de Comércio de Milão, Giuliano Noci, disse que a fusão "era uma questão de sobrevivência tanto para a Fiat como para a PSA". Ambos os grupos vêm enfrentando desafios tecnológicos, estratégicos e relacionados à pandemia de Covid-19 .
Os documentos do acordo mostram que a fusão entre as empresas vai permitir uma economia, com o tempo, de até 5 bilhões de euros por ano. Para isso, a união de PSA e FCA vai custar 4 bilhões de euros.
A economia vai acontecer porque as marcas vão reduzir os custos
de desenvolvimento e fabricação. Além disso, a Fiat
vai cosneguir ampliar sua presença na Europa, enquanto a Peugeot
terá a chance de crescer nos Estados Unidos.
Para aprovar o acordo, no final de dezembro, a Comissão Europeia colocou a condição de que os dois grupos preservem a concorrência no setor de pequenos utilitários, mesmo controlando grande parte do mercado.