Brasil Econômico

Rodrigo Maia sentado em frente à microfone, usando máscara
Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara

O presidente da Câmara,  Rodrigo Maia  (DEM-RJ), disse que o seu maior arrependimento durante sua gestão foi ter "levado o Paulo Guedes  a sério". Maia deixa o cargo em fevereiro de 2021, depois de um ciclo de três mandatos consecutivos. As informações são da Folha de S. Paulo .

Em entrevista ao jornal, o deputado disse que a marca de sua administração foi recuperar o protagonismo do Parlamento, além de ressaltar o papel do Congresso no combate à pandemia . "A experiência adquirida anteriormente me ajudou a manter o equilíbrio, manter o diálogo institucional e, principalmente, com os ministros técnicos do governo, para que a Câmara pudesse ter um protagonismo importante", disse.

Depois, por meio de uma mensagem de texto, Maia acrescentou a fala sobre o ministro da Economia , Paulo Guedes , com quem teve desentendimentos e chegou a romper, mas voltou a ter contato no fim do ano. "Não estou rompido com ele não. Mas eu não preciso [dialogar com ele]. Votamos tudo sem a gente precisar ter um diálogo", afirmou.

Ainda de acordo com a Folha , Maia disse que deixar a votação da PEC Emergencial , que poderia abrir espaço para ampliar o Bolsa Família , para 2021 foi "um erro". "A gente deveria ter avançado, com toda polêmica. Porque era um desgaste menor abrir espaço no Orçamento e garantir a ampliação do Bolsa Família do que deixar milhões de brasileiros sem nenhum tipo de proteção, mesmo que a proteção fosse um valor menor que o valor do auxílio emergencial".

O deputado defendia que a votação da proposta era a mais importante nos últimos meses da pandemia de Covid-19 .

Reformas

Na visão de Maia, não ter votado a reforma tributária  este ano foi outro erro. "Não votar a reforma tributária foi, do meu ponto de vista, um erro grave do governo. A gente não está aqui só para dizer que aprovou coisa, estamos aqui para aprovar com diálogo, e a tributária precisa do diálogo com o governo", afirmou.

Segundo ele, a votação não poderia ser avançada sem que as mudanças nos tributos estivessem articuladas com a Receita Federal e com os técnicos do governo. No entanto, o deputado defende que o texto seja votado no começo de 2021. "Voto tem, e tenho certeza de que no início do ano vai ser votado, mas a questão política prevaleceu em detrimento da sociedade brasileira", afirmou.

Ele acrescentou que, mesmo o governo não tendo base majoritária na Câmara, ainda sim consegue "apoio para aprovar reformas que modernizem o Estado brasileiro".

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