O presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia comentou nesta terça-feira (27) a obstrução de pautas, durante coletiva de imprensa. A ala governista obstrui os trabalhos para, entre outras finalidades, impedir a análise da MP 1.000, que prorroga o pagamento do auxílio emergencial.
"Eu espero que quando nós tivermos que votar a PEC emergencial, a reforma tributária, que o governo tenha mais interesse e a própria base tire a obstrução da pauta da Câmara. Espero que a gente possa ter maioria na casa para os temas urgentes. Para que o Brasil não entre no ano que vem com inflação subindo, câmbio indo a R$ 7, taxas de juros de longo prazo indo a 15%, 20%, numa relação dívida-PIB de 100% (...) Eu espero que a responsabilidade prevaleça", disse Maia.
Maia lembrou que o governo vai precisas de pelo menos 308 votos para aprovar matérias de seu interesse. Algumas são: a chamada Proposta de Emenda à Constituição (PEC) emergencial, que trará gatilhos para o teto de gastos; medidas do pacto federativo; e criação do Renda Cidadã, programa de distribuição a substituir o Bolsa Família.
O presidente da Câmara disse ser "inevitável" uma convocação do Congresso durante o recesso parlamentar para votar essa PEC e garantir ainda a votação do Orçamento antes de março de 2021.