A Polícia Federal
(PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (20), a 77º fase da Operação Lava Jato
. Desta vez, os alvos são ex-funcionários e um funcionário da Petrobras
acusados de receber propina. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), R$ 12 milhões teriam sido pagos em operações estrangeiras de diesel e querosene de aviação.
Nesta terça-feira, sete mandados de busca e apreensão são cumpridos, cinco deles no Rio de Janeiro e dois em Niterói. Os alvos são ligados à diretoria de Abastecimento da Petrobras, de acordo com a PF.
"Há indícios que, ao longo dos anos, os agentes públicos atuaram para beneficiar empresas estrangeiras em esquemas de corrupção variados, recebendo em contrapartida cifras milionárias a título de propina", explicou o procurador da República Athayde Ribeiro Costa, como informa o G1.
Entenda a investigação
As ordens judiciais dos sete mandados foram expedidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba, e as investigações são desdobramentos de outras três fases da Lava Jato. Elas apuraram o pagamento de propina na área de trading da Petrobras.
As investigações começaram depois da 57ª fase da Lava Jato , quando seis pessoas foram presas suspeitas de pagarem US$ 31 milhões em propina para funcionários da Petrobras. O dinheiro viria de empresas estrangeiras que compram e vendem petróleo e derivados, segundo a PF.
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As informações colhidas em outras fases chegam aos suspeitos da deflagrada nesta terça-feira, que tem por alvo outras seis pessoas envolvidas no esquema.
De acordo com o MPF, as mais de 61 operações suspeitas envolveram a comrpa e venda de mais de 3,3 bilhões de litros de combustíveis , e aconteceram entre 2005 e 2015 nos escritórios da Petrobras em Londres, Singapura e Houston.
Além do recebimento de propina , os investigados também teriam fornecido informações privilegiadas sobre a programação de importação e exportação da Petrobras, além de dados sobre os lances que a empresa apresentaria em concorrências internacionais.
O vazamento de informações aconteceu, ainda segundo o MPF, 12 vezes, em concorrências para fornecimento de um bilhão de litros para petroleiras do Uruguai e do Paraguai. Em troca, aponta a PF, os investigados recebiam vantagens indevidas.