Nesta segunda-feira (19), na conferência virtual da Cúpula da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Brasil perdeu "apenas 1 milhão de empregos " durante a crise da pandemia de Covid-19.
Guedes comparou a situação econômica do país com a norte-americana. "No mesmo período em que os Estados Unidos demitiu 33 milhões de pessoas, o Brasil preservou 11 milhões de empregos, digitalmente registrados, pelo nosso sistema de proteção, e perdemos apenas 1 milhão de empregos. No mês passado já recuperamos 250 mil empregos", afirmou.
O ministro também citou o auxílio emergencial, dizendo que a renda ajudou a "preservar os sinais vitais da economia", e econtrou "36 milhões de invisíveis", falando das pessoas de baixa renda que não estavam nos cadastros do governo.
Falando sobre emprego, Guedes considerou o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e números divulgados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) no dia 30 de setembro, que se referem apenas aos empregos
formais, e não ao impacto no mercado informal.
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IBGE afirma que 11,5 milhões de brasileiros perderam emprego
Os últimos dados do Caged mostram que foram contratados 1,239 milhão de formais e demitidos 990 mil em agosto, fazendo saldo positivo de 249.388 de empregados no Brasil.
Nos oito primeiros meses de 2020, as demissões superaram as contratações em 849.387.
Assim, o 1 milhão de desempregados apontados por Guedes fazem referência às vagas perdidas nos meses de maior impacto na pandemia de Covid-19 no Brasil.
Segundo o IBGE, os índices são diferentes. No período de apenas um trimestre, 7,214 milhões de pessoas ficaram desempregadas. Em um ano, o total de vagas perdidas foi de 11,5 milhões, considerando vagas formas e informais.