Pressionanda pelos preços dos alimentos, a inflação em setembro acelerou e ficou em 0,64%. Foi o maior resultado para o mês desde 2003, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (9). No ano, o IPCA, que mede a inflação oficial do país, acumula alta de 1,34%. Em 12 meses, sobe 3,14%.
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Em agosto, o índice de inflação havia subido 0,24% , ficando abaixo do resgitrado no mês anterior. Mas voltou a acelerar no mês passado. Em setembro de 2019, o indicador havia ficado em -0,04%.
A maior variação (2,28%) e o maior impacto (0,46 p.p.) no índice do mês vieram do grupo Alimentação e bebidas , que acelerou em relação a agosto (0,78%). Houve altas em outros seis grupos, segundo o IBGE.
Para o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, a alta nos preços dos alimentos, como arroz e óleo, está relacionada ao dólar alto e à maior demanda interna.
“O câmbio num patamar mais elevado estimula as exportações. Quando se exporta mais, reduz os produtos para o mercado doméstico e, com isso, temos uma alta nos preços. Outro fator é demanda interna elevada, que por conta dos programas de auxílio do governo, como o auxílio emergencial , tem ajudado a manter os preços num patamar elevado. No caso do grão de soja, temos ainda forte demanda da indústria de biodiesel”, explica.