O líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), afirmou nesta quarta-feira que espera que o relatório do senador Márcio Bittar (MDB-AC), com a previsão de financiamento do Renda Cidadã , seja apresentado em "breve", antes das eleições deste ano.
"Acredito que não [fique para depois das eleições], porque o relator do orçamento, que é o relator da medida, que é o senador Márcio Bittar, está trabalhando intensamente e em tema exclusivo, então o esforço dele tem sido muito grande, a gente tem que ressaltar aqui. O trabalho que ele vem realizando de paciência, de capacidade de diálogo, então a gente acredita na apresentação em breve", disse.
Questionado sobre o adiamento na entrega do relatório, previsto para ser apresentado nesta quarta, Gomes disse que vê um "começo muito bom", já que colocou o assunto do financiamento do programa em debate. Ele disse também que "não tem dúvida" de que dá para chegar em uma solução em relação ao financiamento do programa assistencial que o governo quer criar para substituir o Bolsa família .
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"Historicamente, esse governo é o governo que o maior número de reformas aprovou no Congresso Nacional . Está demorando, mas os outros demoraram muito mais", comentou.
Apesar dos esforços do ministro da Economia, Paulo Guedes, do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e de lideranças partidárias, o presidente Jair Bolsonaro já deixou claro a auxiliares e interlocutores que não irá avalizar medidas impopulares para o financiamento do Renda Cidadã antes do resultado das eleições municipais.
Segundo um ministro próximo ao presidente, ele insiste em adiar a discussão para o último mês do ano. Não há espaço para o novo programa social dentro do teto de gasto (que limita o crescimento da despesa à inflação), disse uma fonte do alto escalão.
Ao comentar sobre a possiblidade de incluir trechos do Orçamento de Guerra no texto do pacto federativo, o líder do governo no Congresso disse nesta quarta que é "época de falar em tudo, em todos os sentidos", desde que não haja aumento da carga tributária e que o teto de gastos seja respeitado.
"É época de falar em tudo, em todos os sentidos, desde que a gente obedeça a máxima que foi decidida entre as lideranças, de maneira unânime: não aumentar a carga tributária e não mexer no teto de gastos. É como a música do Tim Maia, o resto vale", disse.