Citando frase atribuída a Ulysses Guimarães, vice-presidente comentou trégua entre o ministro da Economia e o presidente da Câmara
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Citando frase atribuída a Ulysses Guimarães, vice-presidente comentou trégua entre o ministro da Economia e o presidente da Câmara

Nesta terça-feira (6), o vice-presidente Hamilton Mourão comentou a  trégua entre o ministro da Economia,  Paulo Guedes, e o presidente da Câmara,  Rodrigo Maia (DEM-RJ), que jantaram ontem à noite.

— Dizem que o falecido Ulysses Guimarães é autor dessa frase: em política, até a raiva é combinada. As coisas acontecem mais ou menos por ai — disse.

Mourão disse acreditar que, com isso, a reforma tributária e as discussões sobre o Renda Cidadã andem no Congresso. Ele lembrou, no entanto, que é preciso "acertar os pontos de convergência, porque com muita gente é difícil ter a mesma visão do problema".


— Acertando os pontos de convergência, pode não ser a reforma que todos gostariam, mas é a reforma que é possível. Vamos ver se a gente coloca mais velocidade, porque o Brasil precisa dessa velocidade — afirmou.

Renda Cidadã

Mourão afirmou nesta terça-feira (6) que o governo precisa cortar gastos ou elaborar uma nova forma de obter o dinheiro para financiar o Renda Cidadã, mas respeitando os limites da lei orçamentária.

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— A gente tem que buscar, dentro dos limites do orçamento, recursos para isso. Como eu falei para vocês, ou se corta recursos de alguma área ou se descobre alguma nova forma de obter esse recurso dentro dos limites que nós temos, ou seja, dentro da lei — comentou.

Na quinta-feira passada, Mourão sugeriu que o governo negociasse com o Congresso a flexibilização do teto de gastos para custear o Renda Cidadã. Na ocasião, o vice-presidente disse que o governo não tinha de onde tirar dinheiro para financiar a iniciativa.

Por isso, teria duas opções: realocar verbas ou negociar com o Congresso uma exceção para o teto de gastos, com a criação de um novo imposto para bancar o programa.

Nesta terça, Mourão disse que é preciso respeitar o teto de gastos, classificado por ele como a "âncora fiscal que o país tem hoje", mas ressaltou que o Brasil não tem mais "gordura" orçamentária para queimar.

— Não temos mais gordura, essa é a realidade. A partir do momento que o orçamento ele avança anualmente pela inflação, nós temos uma inflação baixa, e as despesas obrigatórias avançam inercialmente, muitas vezes acima da inflação, elas comprimem as demais despesas — explicou nesta terça.

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