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O ministro da Economia, Paulo Guedes, vinha repetindo que realizaria quatro grandes privatizações
José Cruz/Agência Brasil
O ministro da Economia, Paulo Guedes, vinha repetindo que realizaria quatro grandes privatizações

O ministro Paulo Guedes vinha prometendo realizar quatro grandes  privatizações no início de outubro, mas a proposta não será cumprida. O Ministério da Economia admitiu em nota ao jornal Folha de S.Paulo que a meta não foi atingida a tempo. "Infelizmente, o prazo de 90 dias não foi suficiente para executar todas as etapas do processo de desestatização ", disse a pasta da Economia ao jornal.


A proposta de privatizações foi traçada por  Guedes  há quase três meses. No início do mês de julho, Guedes afirmou à imprensa: "Nós vamos fazer quatro grandes privatizações nos próximos 30, 60, 90 dias".

Em agosto, o ministro repetiu o prazo, dizendo que as privatizações começariam "nos próximos 30 a 60 dias". Porém, naquele mês, Guedes fez um ajuste e começou a prever o anúncio de vendas de "três ou quatro" grandes empresas públicas.

Guedes não revelava quais empresas públicas seriam vendidas.  "Vamos esperar um pouquinho. Vocês vão saber já já", disse Guedes em julho, durante entrevista ao canal CNN Brasil.

No mês de junho, a equipe de Guedes quis acelerar o processo de privatização da Eletrobras e dos Correios. As duas empresas públicas são citadas na agenda liberal de privatizações, apresentada pelo ministro ainda no período de campanha presidencial do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

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A venda da PPSA, estatal que opera a parte da União no pré-sal, tentou ser desenrolada em junho, mas não houve avanço.

Na época, o governo já tinha enviado uma proposta de capitalização da Eletrobras ao Congresso, mas a ideia está parada. O plano é discutido desde o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB).

Ainda em agosto, o Ministério afirmou que haveria um projeto de lei para rever o monopólio dos Correios no serviço postal seria enviado ao Congresso "nas próximas semanas".

O principal ponto de discussão entre a Câmara dos deputados, presidida por Rodrigo Maia, e o ministério de Guedes, é o projeto de privatização da Eletrobras, parado na Câmara por falta de apoio da base aliada do governo.

Novo prazo para privatizações: fim de 2021

O Ministério da Economia disse ao jornal Folha de S.Paulo que trabalha com a perspectiva apresentada pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) para que ocorra a privatização de 11 empresas até o fim de 2021.

A ideia é vender as empresas: ABGF (Associação Brasileira Gestora de Fundos), Dataprev (Empresa de Tecnologia de Informações da Previdência), Telebras, Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), além da Eletrobras e Correios.

O Ministério disse ao jornal que apesar de o prazo de 90 dias informado por Guedes não ser cumprido, a agenda de privatizações está em andamento, com o plano de vender 11 empresas até 2021, sendo 7 já em estado avançado na modelagem, projetos de lei em elaboração, além da proposta do governo apresentada ao congresso para a capitalização da Eletrobras.

Veja a lista de empresas que devem ser privatizadas até 2022, segundo o Ministério da Economia:

Ceitec (Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada)
Emgea (Empresa Gestora de Ativos)
ABGF (Associação Brasileira Gestora de Fundos)
Eletrobras
Nuclep (Nuclebras Equipamentos Pesados)
Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo)
Ceasaminas (Centrais de Abastecimento de Minas Gerais)
Codesa (Companhia de Docas do Espírito Santo)
CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos)
Trensurb (Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre)
Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados)
Dataprev (Empresa de Tecnologia de Informações da Previdência)
Correios
Telebras
Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo)

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