A Mucilon Nestlé apresentou, nesta quinta-feira (1) um projeto de ações sustentáveis que será colocado em prática no Brasil. Durante coletiva de imprensa, a empresa divulgou que vai plantar um milhão de árvores na Mata Atlântica brasileira.
A área que será florestada pela Nestlé fica no Parque Nacional do Pau Brasil, em Porto Seguro
(BA). A região é um “hotspot”, zona de biodiversidade que pode estar em perigo, segundo a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
Essa ação vai florestar cerca de 1,2 mil hectares, o equivalente a 1.110 campos de futebol. Coordenado pelo engenheiro florestal do Grupo Ambiental Natureza Bela, Lucas Santos, o plantio engloba cerca de 40 espécies na Mata Atlântica brasileira.
Além disso, Lucas ressalta a importância social do projeto num momento de altas taxas de desemprego. “Projetos como esse só fortalecem essa cadeia. Geração de renda, benefícios ambientais e, é claro, os benefícios sociais.”
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Inovações em reciclagem
Além do projeto de florestamento, a Nestlé anunciou também uma proposta de inovações na reciclagem das embalagens.
De acordo com a responsável pela Marca Corporativa e Inovação Social da Nestlé Brasil, Bárbara Sapunar, os sachês plásticos passarão a ser feitos de monomaterial, um tipo de plástico que simplifica o processo de reciclagem, contribuindo para a cadeia produtiva.
Com o novo produto, a empresa estima que até o ano que vem sejam reduzidas 3,8 mil toneladas de plástico consumido.
A ideia é que, até 2050, a Nestlé consiga zerar o impacto de suas ações. Em 2025, a companhia almeja ter todas as suas embalagens sendo 100% recicláveis.
Pressão no governo
Recentes acontecimentos chamaram atenção por todo país relacionados ao meio ambiente. Em meio ao maior incêndio da história do Pantanal e problemas com o desmatamento na Amazônia, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) é alvo de pressão de empresas e investidores.
No mês de agosto, um grupo de 29 instituições financeiras de todo o mundo assinou uma carta para o governo brasileiro exigindo a redução do desmatamento na Amazônia. Na carta, o grupo ameaçou deixar de investir no país, caso o problema não fosse resolvido - o
governo anunciou devem ser cortados do MMA R$184,4 milhões em 2021.