O presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa das ações do governo no combate à crise provocada pela pandemia nesta terça-feira (29). Em sequência de mensagens publicada em rede social, Bolsonaro disse que o "fique em casa" acabou e cobrou soluções econômicas de quem critica as medidas que são propostas pelo governo
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"A política do " fique em casa que a "economia a gente vê depois" acabou e o 'depois" chegou. A imprensa, que tanto apoiou o "fique em casa", agora não apresenta opções de como atender a esses milhões de desassistidos", postou o presidente em seu Twitter.
Bolsonaro negou pensar em sua reeleição e disse que ao longo de toda sua trajetória política agiu tendo certeza que a reeleição viria como consequência. de seu trabalho. "Minha crescente popularidade importuna adversários e grande parte da imprensa, que rotulam qualquer ação minha como eleitoreira. Se nada faço, sou omisso. Se faço, estou pensando em 2022", reclamou o presidente.
"Na verdade, estou pensando é em 2021, pois temos milhões de brasileiros que perderam seus empregos ou rendas e deixarão de receber o auxílio emergencial a partir de janeiro/2021", defendeu Bolsonaro, que ainda atacou os defensores de medidas mais rigorosas no controle da disseminação da Covid-19 , classificando-os como "responsáveis pela destruição de milhões de empregos".
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"Os responsáveis pela destruição de milhões de empregos agora se calam. O meu governo busca se antecipar aos graves problemas sociais que podem surgir em 2021, caso nada se faça para atender a essa massa que tudo, ou quase tudo, perdeu", bradou o presidente em reação às críticas recebidas pelo governo após anúncio de medidas econômicas.
"A responsabilidade fiscal e o respeito ao teto são os trilhos da Economia. Estamos abertos a sugestões juntamente com os líderes partidários. O Auxílio Emergencial, infelizmente para os demagogos e comunistas, não pode ser para sempre", postou Bolsonaro, alinhando-se ao discurso de seu 'superministro' da Economia, Paulo Guedes, que coloca a responsabilidade fiscal como prioridade.
A postura ostensiva do presidente em defesa das medidas econômicas vem após o anúncio do Renda Cidadã , programa social que substituirá o Bolsa Família caso seja aprovado no Congresso, ter ampla reação negativa por conta das formas de financiamento apresentadas, que usariam recursos de precatórios e 5% do Fundeb, o fundo da educação básica .
Segundo especialistas, a proposta do governo pode ser encarada como pedalada fiscal e burla o teto de gastos para furá-lo sem expressar no Orçamento o aumento de despesas. Bolsonaro reagiu às críticas, disse estar aberto a ouvir sugestões de líderes partidários e ainda cobrou opções da imprensa, que apontou os pontos principais da proposta do governo buscando justamente ouvir especialistas e tentando entender o que é proposto e mostrar ganhos e perdas para a população.