
Carlos Felipe Jaramillo, vice-presidente do Banco Mundial para América Latina, calcula que 25 milhões de pessoas perderam o emprego durante a pandemia da Covid-19.
"Este é o momento de repensar o emprego, criando mais e melhores trabalhos e investindo na educação e formação", defendeu Jaramillo, em entrevista transmitida pelas redes sociais da instituição.
O vice-presidente do Banco Mundial para América Latina destacou ainda que a doença acelerou tendências antigas, como o processo de desindustrialização, que acentua desigualdades econômicas
"Não quer dizer que o setor industrial irá desaparecer, mas que o de serviços vai ser o que mais vai gerar empregos no futuro. E esses empregos requerem mais habilidades", explicou.
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A retomada da busca por trabalho fez com que o desemprego voltasse a subir em agosto, segundo dados da Pnad Covid. Desde maio, início da pesquisa, o número de desempregados cresceu 27,6%, atingindo 12,9 milhões no último mês. São mais 2,8 milhões no grupo de desocupados.
No mês passado, a taxa de desemprego subiu para 13,6%, no maior patamar desde maio. Em julho, estava em 13,1%. A região Sul foi a única a apresentar queda da população desocupada na passagem de julho para agosto.
A alta do desemprego era projetada por economistas, diante da flexibilização dos protocolos de distanciamento social por conta da pandemia de Covid-19 e arrefecimento do impacto do auxílio emergencial. Entre maio e julho, segundo a Pnad Covid, mais de 2,9 milhões de pessoas perderam o emprego.