O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta quinta-feira (24) que a adoção de um imposto sobre movimentações financeiras, nos moldes da antiga CPMF, é um assunto do Congresso. Na quarta, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu uma "substituição tributária" para viabilizar a desoneração da folha de pagamentos das empresas .
"O Congresso é onde isso vai ser discutido. Se for aprovado, tudo bem, e se não for, muito bem também" afirmou Mourão , acrescentando:
"A ideia do ministro Paulo Guedes, que ele já falou 'N' vezes, é fazer a desoneração da folha [de pagamento], então vai perder receitas, e você tem que compensar pelo outro lado".
O vice-presidente, no entanto, comentou que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem demonstrado rejeição a um imposto nos moldes da CPFM . O deputado carioca já afirmou que tributos como esse não seriam aprovados na Câmara, enquanto ele estiver no cargo de presidente.
"Todas as declarações deles tem sido contrárias a isso ai, agora tem que ser discutido, tem que ser mostrado os números. Volto a dizer: se você vai perder receita por um lado, você tem que compensar por outro. Então, tem que provar que esse novo imposto, vamos dizer assim, faria só a compensação, não seria um aumento da carga", comentou Mourão.
Também na quarta, o senador Roberto Rocha (PSDB-MA), presidente da comissão da reforma tributária, se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro. Antes do encontro, disse que não há ambiente político para discutir um imposto sobre transações financeiras . Segundo o presidente da comisssão, a nova CPMF poderia "contaminar" toda a reforma tributária e complicar a tramitação.