Ministro da Economia ofendeu funcionários públicos durante um discurso, em fevereiro deste ano
Reprodução Jornal Nacional
Ministro da Economia ofendeu funcionários públicos durante um discurso, em fevereiro deste ano

Paulo Guedes foi condenado pela Justiça Federal a pagar R$ 50 mil de indenização para o Sindicato dos Policiais Federais da Bahia (Sindipol-BA), depois de ter chamado funcionários públicos de "parasitas". O  ministro da Economia fez a declaração em fevereiro deste ano, comentando a reforma administrativa proposta pelo governo.

Ainda passível de recurso, a indenização foi decidida pela juíza da 4ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária da Bahia (SJBA), Claudia da Costa Tourinho Scarpa, na quarta-feira (16) e divulgada pelo Sindipol nesta sexta-feira (18).

A fala do  ministro se deu em uma palestra na Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV EPGE). Guedes criticou o reajuste anual dos salários dos servidores que, na sua visão, já tinham como privilégio a estabilidade de carreira e "aposentadoria generosa". O ministro também argumentou que o estado não se sustenta financeiramente por questões fiscais e, por isso, a carreira do funcionalismo precisa ser revista.

"O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita, o dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático", disse Paulo Guedes na ocasião.

Para a indenização de R$ 50 mil, a juíza entendeu que houve violação aos direitos da personalidade dos profissionais.

A Advocacia-Geral da União disse que apresentará recurso.

O Sindipol moveu a ação em maio contra Guedes. A organização disse que Guedes pediu que eles que "não assaltem o Brasil, quando o gigante está de joelhos" e disse também que eles ficam em casa "com geladeira cheia'”.

Caso  Guedes pague os R$ 50 mil de indenização, o dinheiro deve ser doado ao Hospital Santo Antônio, que pertence às Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), e ao Hospital Aristides Maltez, segundo o Sindipol. As duas instituições são organizações sem fins lucrativos de Salvador e atuam no combate à pandemia de Covid-19.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!