Para sair da situação de pobreza no Brasil, população precisaria de, no máximo, R$ 187
Agência Brasil/Antônio Cruz
Para sair da situação de pobreza no Brasil, população precisaria de, no máximo, R$ 187

A inflação continuou, em agosto deste ano, pressionando mais o custo de vida de pessoas com renda mais baixa. Segundo o Indicador de Inflação por Faixa de Renda do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ( Ipea ), esse fenômeno vem ocorrendo desde março deste ano.

De acordo com o Ipea , em agosto, a inflação de famílias mais pobres (cuja renda domiciliar é menos do que R$ 900) teve variação de 0,38%, acima da taxa de 0,10% percebida pelas famílias mais ricas (com renda maior do que R$ 9 mil).

Com o resultado de agosto, a inflação no ano chega a 1,50% para famílias mais pobres, enquanto as famílias mais ricas têm uma deflação (queda de preços) acumulada de 0,07%. Em 12 meses, o acumulado para famílias mais pobres é de 3,20%, mais do que o dobro (1,54%) das famílias mais ricas.

O Ipea constatou que o grupo de despesas que está mais pressionando a inflação é o de alimentos no domicílio, que formam o gasto com maior peso na cesta de consumo das famílias mais pobres, e que subiram 0,78% no mês.

No ano, alimentos importantes para os brasileiros acumulam altas de preços:

  • arroz (19,2%);
  • feijão (35,9%);
  • leite (23%);
  • ovos (7,1%).

Ao mesmo tempo, os serviços tiveram queda de preços, o que provoca um alívio mais intenso no orçamento das famílias mais ricas. Os gastos com educação recuaram 3,47% no mês. As mensalidades escolares, por exemplo, tiveram quedas de preços em agosto:

  • creches (-7,7%); 
  • escolas de ensino fundamental (- 4,1%);
  • escolas de ensino médio (- 2,9%).

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