Nesta sexta-feira (11), audiência para conciliação entre os Correios e os trabalhadores em greve terminou sem acordo. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) colocou para o próximo dia 21 o julgamento do dissídio coletivo da greve dos Correios, que começou no dia 17 de agosto.
De acordo com o TST, os Correios
não apresentaram proposta na audiência. A empresa estatal afirmou ao portal G1 que ainda divulgará uma nota sobre a reunião.
Os grevistas
são contra a privatização dos Correios, reclamam de "negligência com a saúde dos trabalhadores" na pandemia de Covid-19 e pedem que direitos trabalhistas sejam garantidos.
No dia 21, no próximo julgamento, os ministros do TST podem decidir o valor do reajuste salarial e outras cláusulas que passarão a vigorar no novo acordo coletivo de trabalho. No dissídio coletivo mais recente, os ministros do TST decidiram pela exclusão de pais e mães do plano de saúde
dos Correios.
Os trabalhadores dos Correios argumentam que foram surpreendidos com a revogação do atual Acordo Coletivo, que estaria em vigência até 2021. Em nota divulgada no início da greve, os Correios disseram que, desde o início da negociação do acordo coletivo, têm sido transparentes sobre a situação econômico-financeira.
"A empresa não tem mais como suportar as altas despesas, o que significa, dentre outras ações que já estão em andamento, discutir benefícios que foram concedidos em outros momentos e que não condizem com a realidade atual de mercado", diz a empresa estatal.