O Banco Central (BC) anunciou, nesta quarta-feira (29), que o Brasil terá uma cédula de R$200, cujo personagem será o lobo-guará. A nova nota foi aprovada hoje pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), e deve entrar em circulação no final do mês de agosto.
A previsão do Banco Central é de que sejam impressas, em 2020, 450 milhões de cédulas de R$200 - o que equivale a R$90 bilhões.
De acordo com a diretora de Administração do BC, Carolina de Assis Barros, o lobo-guará foi escolhido para ilustrar a nota porque ele já era o terceiro animal mais votado pela população em uma pesquisa realizada em 2001, quando outras cédulas entraram em circulação.
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A diretora explicou, ainda, que a nova cédula vem em um momento oportuno, já que a pandemia de Covid-19 fez com que muitos brasileiros guardassem dinheiro. A quantidade de papel-moeda em poder do público aumentou R$61 bilhões entre março e julho deste ano.
"Nós estamos vivendo um período de entesouramento, efeito consequente da pandemia. E o Banco Central, nesse momento, não consegue precisar por quanto tempo os efeitos do entesouramento devem perdurar", disse Carolina em coletiva de imprensa.
Ela afirma que o projeto de uma cédula de R$200 já existia no BC, e que seria executado quando fosse necessário - o que foi identificado neste momento pelo banco. De acordo com a diretora, a medida atua de forma preventiva a um possível aumento de demanda por papel-moeda em função do entesouramento.
De acordo com o Banco Central , a opção por uma cédula de R$200 serve para diminuir custos com logística, impressão e distribuição de dinheiro em todo o Brasil.
Quando perguntada, Carolina disse que a nova cédula não tem relação com a desvalorização do real. "Não há relação entre a colocação dessa nova cédula no mercado e a desvalorização do real. O que a gente tem é tão somente o Banco Central agindo preventivamente pois a população pode vir a demandar por mais numeral".