Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o ministro da Economia, Paulo Guedes
Agência Brasil
Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o ministro da Economia, Paulo Guedes

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reforçou sua posição contrária à 'nova CPMF' defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes , em sua proposta de reforma tributária . Maia disse que deve relançar a campanha 'Xô, CPMF', que ajudou a derrubar o tributo que sofria forte resistência no ano de 2007.

"Eu estou pensando em trazer de volta a campanha que o DEM fez 'Xô, CPMF '. Ninguém aguenta mais impostos no Brasil. Vamos cuidar da simplificação dos impostos, cortar distorções como o lucro presumido, entre outros. Agora, novos impostos, eu acho que a sociedade está cansada. E, certamente, vai ter muita dificuldade de passar na Câmara dos Deputados", afirmou Maia à GloboNews .

Enquanto Câmara e Senado analisam propostas próprias de reforma tributária, o governo deve apresentar na próxima semana a primeira parte de sua versão. A expectativa é que, em uma nova etapa, seja criado um imposto de 0,2% sobre transações no comércio eletrônico, o que vem sendo tratado como 'nova CPMF' e sofre forte resistência. Maia, inclusive, diz ser "radicalmente contra" o novo tributo .

O presidente da Câmara diz que criar um novo imposto "não ajuda de forma nenhuma" e "tira a produtividade" da economia. "Toda a sociedade perde" com um tributo novo, defendeu.

"O importante é que a gente acelere a reforma tributária. Ela melhora a produtividade do setor privado e melhora o ambiente de negócios para que o setor privado volte a investir e a gerar emprego, isso, sim. [...] Esse debate vem da década de 1990, criar imposto para resolver problema. Você resolve um problema e cria um novo problema", disse Maia.

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