Os pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos permanecem acima do patamar de um milhão pela décima terceira semana consecutiva, diante dos impactos econômicos causados pela pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2).
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Na semana encerrada em 13 de junho, 1,5 milhão de trabalhadores americanos deram entrada no seguro-desemprego . Os números mais recentes do Departamento do Trabalho apontam que 46 milhões de americanos solicitaram o benefício nos últimos três meses.
De acordo com sondagem com analistas americanos, o número da última semana viria na faixa de 1,3 milhão.
Em maio, o mercado de trabalho dos EUA se recuperou inesperadamente: foram criadas 2,509 milhões de vagas fora do setor agrícola, ante perda recorde de 20,687 milhões em abril (a maior em registros desde 1939), segundo dados do Departamento do Trabalho. A taxa de desemprego caiu de 14,7% para 13,3%.
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Com a recuperação do mercado de trabalho, as vendas no varejo tiveram salto recorde no mês passado. Em abril, o setor havia registrado o maior tombo da história devido à pandemia do novo coronavírus .
Muitos entenderam os dois resultados como uma sinalização de uma recuperação mais rápida da economia norte-americana do que se pensava com os danos causados pela Covid-19. Mas os dados de seguro-desemprego continuam sendo um sinal que mostra agitação e volatilidade em um mercado de trabalho que iniciou o ano de 2020 de forma sólida e plena.
Muitos economistas alertam que a economia pode ter dificuldades para sustentar seus ganhos recentes, especialmente em meio a sinais de um aumento nas infecções por coronavírus em muitas partes do país.
Os benefícios prolongados de desemprego estão programados para acabar no final de julho. O Congresso está trabalhando em uma extensão do programa implementado com o avanço da pandemia.
O presidente do Banco Central norte-americano (Fed), Jerome Powell, pediu na quarta-feira (17) ao Congresso que estenda os benefícios, embora ele não tenha recomendado nada específico.