O representante comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer , afirmou nesta quarta-feira que o país decidiu encerrar as negociações sobre impostos sobre serviços digitais com autoridades da União Europeia. A suspensão ocorre após as conversas não avançarem nas últimas semanas. A ideia era criar uma estrutura tributária única para as empresas de tecnologias em vários países.
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Em audiência, Lighthizer
disse que acreditava que era necessário um regime internacional para lidar com a tributação desses serviços, mas lamentou que as negociações com os países europeus não estavam se mostrando proveitosas.
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Em carta enviada a quatro ministros de finanças europeus, revelada nesta quarta pelo jornal Financial Times
, o secretário de Tesouro, Steven Mnuchin
, alertou que as discussões haviam atingido um "impasse".
"Os Estados Unidos continuam se opondo aos impostos sobre serviços digitais e medidas unilaterais similares", escreveu Mnuchin " Como dissemos repetidamente, se os países optarem por cobrar ou adotar esses impostos, os Estados Unidos responderão com medidas proporcionais apropriadas".
Os impostos digitais são vistos por alguns países como uma maneira de aumentar a receita das operações locais de grandes empresas de tecnologia, como o Google , Facebook , Amazon e Apple .
Os defensores, principalmente da União Europeia
, argumentam que as empresas lucram enormemente com os mercados locais, mas fazem apenas contribuições limitadas aos cofres públicos. A Espanha, por exemplo, insiste que o imposto digital que está considerando não discrimina por país e se aplicará a empresas independentemente de onde estejam sediadas.
Neste mês, Lighthizer anunciou a abertura de investigações sobre se as medidas tributárias digitais no Brasil, Reino Unido, Espanha, Itália e outros países representam uma prática comercial injusta. Se achar que sim, o governo dos EUA poderá impor novas tarifas comerciais.