O Ministério da Economia divulgou nesta sexta-feira (1º) que as medidas de combate ao coronavírus já chegam a R$ 349,4 bilhões em gastos do governo ou renúncia de receitas. São ações para aumentar diretamente os repasses para a saúde, além das medidas para reduzir os impactos econômicos da crise.
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Nessa conta, estão R$ 333,4 bilhões em gastos e R$ 16 bilhões em receitas que o governo abriu mão. A maior parte dessas despesas são para pagar o auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais, somando R$ 123,9 bilhões.
Há ainda R$ 51,6 bilhões para o governo complementar parte dos salários dos trabalhadores que tiveram o vencimento mensal reduzido. E mais R$ 34 bilhões de um programa de financiamento da folha de pagamento de pequenas empresas.
Até agora, R$ 60 bilhões foram efetivamente pagos pelo governo federal, a maior parte do auxílio emergencial.
Além das medidas com impacto no Orçamento, o ministério destacou também R$ 227 bilhões em ações para ampliar o crédito. E mais R$ 2,6 trilhões em medidas regulatórias, que não representam dinheiro novo, como adiamento de pagamentos de impostos e antecipação aposentadorias e pensões. Esses valores não têm impacto no Orçamento.
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O governo chamou a imprensa para apresentar o balanço depois de críticas de que as medidas adotadas no Brasil eram pequenas, comparadas aos demais países.
"Esse é um esforço que o governo está implementando como reação célere ao coronavírus", disse o secretário de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Junior. "A nossa ação foi célere, focada e estamos acima da média mundial".
Segundo o Ministério da Economia, os gastos do Brasil representam 4,8% do PIB, número maior que a média dos países avançados (4,3%) e maior que países em desenvolvimento como Chile (4,7%) e Malásia (2,8%).
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Os gastos que o Brasil está tomando, além da queda de receitas causada pela crise econômica, devem fazer o país atingir neste ano um rombo de R$ 600 bilhões nas contas públicas, o equivalente a 8% do PIB.