Em meio às incertezas sobre a evolução da pandemia do novo
coronavírus (Sars-Cov-2)
, o dólar comercial
subiu pelo terceiro dia seguido e fechou no maior valor em nove dias. A moeda encerrou esta quarta-feira (15) vendida a R$ 5,242, com alta de R$ 0,052 (+1%). Esse foi o maior valor registrado desde 6 de abril, quando a cotação tinha fechado em R$ 5,292.
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O Banco Central
( BC
) interveio no mercado. Como nos últimos dias, a autoridade monetária rolou US$ 1 bilhão em contratos de swap cambial
, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro.
Bolsa de valores
As tensões no mercado de câmbio refletiram-se na bolsa de valores. Depois de dois dias de alta, o índice Ibovespa , da B3 (bolsa de valores brasileira), fechou o dia em 78.831 pontos, com queda de 1,36%. O indicador seguiu as bolsas internacionais. O índice Dow Jones , da Bolsa de Nova York, encerrou esta quarta com recuo de 1,86%.
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Há várias semanas, mercados financeiros em todo o planeta atravessam um período de nervosismo por causa da recessão global provocada pelo agravamento da pandemia do novo coronavírus. As interrupções na atividade econômica associadas à restrição de atividades sociais travam a produção e o consumo, provocando instabilidades.
Ontem (14), o Fundo Monetário Internacional ( FMI ) divulgou que a economia global terá queda de 3% em 2020. Para o Brasil , os prognósticos são piores, com o organismo internacional projetando retração de 5,3% no Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país).
Petróleo
As dúvidas sobre o acordo entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo ( Opep ) continuam a pressionar os mercados. No domingo (12), os países do grupo fecharam um acordo para reduzir a produção global em 10 milhões de barris por dia em maio e junho. No entanto, a preocupação com a queda mundial da demanda provocada pela pandemia e a resistência de empresas e de governos a aderir ao acordo influenciam as cotações internacionais do barril.
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Por volta das 19h30, o Brent
era vendido a US$ 27,69, com queda de 6,45%, no menor valor desde o último dia 2. As ações da Petrobras
, as mais negociadas na bolsa, recuaram. Os papéis ordinários
(com direito a voto em assembleia de acionistas) desvalorizaram-se 3,26% nesta quarta. Os papéis preferenciais
(com preferência na distribuição de dividendos) tiveram queda de 2,09%.
A guerra de preços de petróleo começou há um mês, quando Arábia Saudita e Rússia aumentaram a produção, mesmo com os preços em queda. Há duas semanas, a cotação do barril do tipo Brent chegou a operar próxima de US$ 20, no menor nível em 18 anos. Segundo a Petrobras , a extração do petróleo na camada pré-sal só é viável para cotações a partir de US$ 45.