O presidente Jair Bolsonaro realizou uma videoconferência com empresários nesta sexta-feira (20) e pediu apoio do setor no combate ao novo coronavírus ( Covid-19 ), especialmente na manutenção da logística de abastecimento de bens essenciais, como alimentos e medicamentos .
Coronavírus: União Europeia propõe relaxamento de regras orçamentárias
"A economia
não pode parar. Afinal de contas, não basta termos meios se não tivermos como levá-los ao local onde será usada, bem como os profissionais têm também que se fazer presentes nesses locais. Os empresários
não podem parar, porque precisamos produzir muita coisa, e não é apenas um centro de produção. Um simples remédio envolve vários outros setores para que ele seja feito
, embalado
, acondicionado
e transportado
. A nossa economia também não pode parar no tocante à produção de alimentos. E esta área é muito grande" afirmou.
"Estamos em contato com os secretários de estado também para definirmos a questão do direito de ir e vir, do fechamento ou não de rodovias, bem como aeroportos. Em grande parte, a Constituição garante a nós essa responsabilidade. Então, estamos acertando para que um estado não aja diferente dos outros e não bote em colapso o setor produtivo . Não adianta produzir em um lugar e não ter como entregar no outro", completou.
Você viu?
Na mesma linha, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo ( Fiesp ), Paulo Skaf , também pediu um planejamento que permita enfrentar a crise sanitária, mas sem gerar uma catástrofe econômica .
"Temos a consciência que primeiro tem que ser controlada a questão da saúde, se não diminuir a movimentação de pessoas, não vamos estar controlando a questão da saúde e nós temos consciência que a diminuição afeta a economia, e tem que ser afetada de forma planejada", disse o empresário.
Banco Central antecipa Ata do Copom para segunda-feira
Na mesma reunião, o ministro da Saúde, Luiz
Henrique
Mandetta
, projetou um crescimento dos casos do Covid-19
nos próximos 10 dias, com uma subida mais aguda em abril, permanecendo alta em maio e junho. A partir de julho, há a expectativa de início da desaceleração.
O número de mortes em decorrência da Covid-19 subiu para 11 e o total de infectados pelo vírus soma 904 no país, segundo a última atualização divulgada pelo Ministério da Saúde .