O dólar comercial abriu em forte alta nesta quinta-feira (12), negociado no patamar inédito de R$ 5. Na máxima, a cotação chegou a R$ 5,027, em alta de mais de 6%. Às 10h10, a alta era de 1,95%, a R$ 4,907.
O Ibovespa, principal indicador da Bolsa brasileira, opera com forte queda de 15,43%, a 72.026 pontos. Pela segunda vez no dia e a quarta na semana, a B3 interrompeu as atividades (circuit breaker) após queda ultrapassar os 10%.
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Logo após a abertura do mercado de câmbio, o Banco Central anunciou que vai elevar sua venda de dólares no mercado à vista hoje, com oferta total de US$ 2,5 bilhões, e não mais US$ 1,5 bilhão como anunciado na quarta-feira.
Após os leilões do BC, o dólar reduziu um pouco a alta, o que levou a moeda de volta ao patamar abaixo de R$ 5, mas ainda acima de R$ 4,90.
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O dia é de nervosismo nos mercados globais, após a decisão do presidente norte-americano Donald Trump de suspender por 30 dias os voos entre Estados Unidos e Europa para conter os efeitos da pandemia de coronavírus .
No Brasil, a tensão é agravada pela derrota do governo no Congresso na quarta-feira. Senadores e deputados derrubaram ontem um veto do presidente Jair Bolsonaro a uma mudança nas regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC, pago a idosos e deficientes físicos de baixa renda), que terá impacto de R$ 20 bilhões nos cofres públicos só neste ano.
Na quarta-feira, antes mesmo da decisão do Congresso, a Bolsa brasileira já havia sofrido fortes perdas e o 'circuit breaker', mecanismo que interrompe as negociações em caso de queda superior a 10%, chegou a ser acionado pela segunda vez numa mesma semana. O Ibovespa , principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) fechou em queda de 7,64%.
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No fim da noite de quarta, o Trump anunciou a suspensão de voos entre Estados Unidos e Europa. Com isso, as Bolsas asiátias fecharam em queda, com perdas de 4,41% em Tóquio e 7,23% em Sidney. Na Europa, as principais Bolsas operam com desvalorização superior a 5%.