A queda na cotação do petróleo no mercado internacional pode causar prejuízo de R$ 2,3 bilhões aos cofres do Estado do Rio por causa da perda de arrecadação de royalties e participações especiais neste ano. A projeção foi feita pela Gerência de Óleo e Gás da Firjan a pedido do GLOBO.
Trump vai anunciar pacote para estimular a economia em meio ao coronavírus; veja
Para especialistas, a mudança no cenário indica que o governo fluminense terá mais dificuldades para cumprir os compromissos do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), programa de socorro da União, que vence em setembro. Serviços prestados à população, como saúde e segurança,
também podem ser afetados.
A estimativa da Firjan leva em consideração o preço médio do barril do tipo Brent em US$ 35 e o dólar a R$ 4,75, mantida a projeção de produção estimada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Dólar opera em queda, a R$ 4,67, após disparada na véspera; Bolsa sobe 5%
Trata-se de um cenário bem diferente do planejado no orçamento do estado para o ano, quando o preço médio do óleo foi calculado em US$ 60 e o dólar a R$ 3,72.
O secretário estadual de Fazenda, Luiz Claudio Rodrigues de Carvalho, ainda faz contas para medir o impacto da crise sobre as finanças do Rio. Apesar de não ter uma estimativa, ele admite que o prejuízo já está contratado.
— A queda não é corriqueira, e isso dificulta qualquer estimativa — disse Carvalho. — O Estado do Rio é muito dependente de royalties. É uma dependência crônica. (Reduzi-la) vai demorar anos.