A epidemia de coronavírus vem atingindo em cheio a indústria da aviação, levando executivos das empresas do setor a cortar o próprio salário para ajudar a melhorar o desempenho das companhias. Em paralelo, as aéreas vêm cortando voos, congelando contratações e dado licença não remunerada a funcionários.
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O presidente executivo da americana Southwest, Gary Kelly, disse, em comunicado interno a funcionários, que cortará 10% de seu salário. Segundo a imprensa norte-americana, o salário de Kelly foi de US$ 750 mil em 2018, últimos dados disponíveis. Mas a remuneração total do exeutivo naquele ano somou quase US$ 8 milhões.
No início deste mês, a Southwest previu queda de até US$ 300 milhões na sua receita do primeiro trimestre, com a menos gente viajando por temor do coronavírus.
American Airlines corta voos
Do outro lado do mundo, o presidente executivo da australiana Qantas também decidiu cortar na própria carne. Mas de forma mais intensa que o colega norte-americano. Ele anunciou nesta terça-feira (10) que vai reduzir seu salário a zero durante todo o ano de 2020 e que a diretoria vai abrir mão dos bônus.
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Os funcionários também estão sendo encorajados a tirar licenças , incluindo não remuneradas.
A Qantas também vai cancelar encomendas de aviões da Airbus e reduzir em 25% a oferta de assentos nos próximos seis meses.
A American Airlines , por sua vez, informou nesta terça que vai cortar voos nacionais e internacionais, seguindo o passo da também americana United, que semana passada anunciou corte de voos, suspensão de contratações e licença não remunerada para funcionários.
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A Iata, associação que reúne empresas aéreas ao redor do mundo, previu na semana passada que o setor pode perder até US$ 113 bilhões em receita em 2020, devido à redução no fluxo de passageiros.