Em dia de caos nos mercados globais, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira (9) que as reformas são a melhor resposta para os impactos econômicos da crise do coronavírus , e que a equipe econômica está "absolutamente tranquila".
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"A equipe econômica é capaz, experiente, segura e está absolutamente tranquila quanto a nossa capacidade de enfrentar a crise, mas precisamos das reformas. Brasil pode ser realmente um país que transformou a crise em reaceleração do crescimento, geração de empregos em um mundo que está em sérios problemas", assegurou Guedes .
Nesta segunda-feira, os mercados globais vivem mais um dia de nervosismo, após uma guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia ter derrubado a cotação do petróleo em até 30%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones, principal índice da Bolsa de Nova York, abriu em queda de 6,71%.
Após cair mais de 10%, a B3, a bolsa brasileira, entrou em 'circuit breaker' e negociações foram interrompidas. O dólar chegou a ser cotado a R$ 4,79 logo após as primeiras negociações.
Ao chegar ao Palácio do Planalto, o presidente em exercício Hamilton Mourão afirmou que a nas bolsas mundiais são naturais devido aos impactos na produção causados pelo novo coronavírus e que a queda nos preços do petróleo é "transitória".
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Segundo Guedes, a proposta da reforma administrativa , que ainda está sendo analisada pelo governo, pode ser enviada esta semana ao Congresso.
Ele também citou a reforma tributária e as Propostas de Emenda à Constituição (PEC) emergencial, do pacto federativo e dos fundos. Guedes ressaltou como medidas importantes para economia, a aprovação da proposta do novo marco legal do saneamento, que está em tramitação no Senado e autonomia do Banco Central, que deve ser analisada pelos deputados.
"Vamos aprovar a autonomia do Banco Central. Vamos aprovar essa semana. Podemos mandar a autonomia do Banco Central. Estamos com saneamento, 100 milhões de brasileiros precisando de água e esgoto, está lá também. Por que não aprovamos?", questionou.
O ministro defendeu que, agora, o Brasil tem um modelo de juros mais baixos e câmbio mais alto. "Um repórter falou que o modelo é 4x4, tração nas quatro rodas. O juro que era 15%, caiu para 4% e o câmbio que era R$ 1,80 subiu para R$ 4,00. Era o modelo 4x4, eu achei até divertido e a ideia era essa", disse.
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Guedes ressaltou que o câmbio é flutuante e que o juros agora são de “equilíbrio”: "A ideia era a seguinte, um país com juros mais baixos , juros de equilíbrio e câmbio de equilíbrio um pouco mais alto, só que o câmbio é flutuante. Tem coronavírus , tem crise, a reforma não está andando, ele sobe, a reforma está andando ele desce, o câmbio vai flutuar", afirmou.