Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara, e Paulo Guedes, ministro da Economia, são essenciais para aprovação da reforma tributária
Daniel Marenco/Agência O Globo
Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara, e Paulo Guedes, ministro da Economia, são essenciais para aprovação da reforma tributária

A reforma tributária é prioritária para o país voltar a retomar os investimentos e crescer. Esta posição será reafirmada na tarde desta sexta-feira (6) por um grupo de empresários que se reunirá com o ministro da Economia, Paulo Guedes. O grupo Coalizão Indústria, formado por entidades dos mais importantes setores como siderúrgica, têxtil, brinquedos, construção civil, entre outros, apontou que, além da reforma tributária, outras medidas fundamentais para o aumento da competitividade dos produtos brasileiros e a redução do chamado custo Brasil.

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O presidente do Aço Brasil, que reúne as indústrias siderúrgicas Marco Polo, destacou que os empresários apóiam a política econômica do governo no sentido de que é preciso aprovar com a maior urgência a reforma tributária para a retomada dos investimentos. Segundo os empresários, a atual insegurança na economia não permite os empresários realizarem investimentos.

"A reforma tributária é imprescindível para a retomada dos investimentos no país. Não pode pretender investimentos e previsibilidade sem que se tenha um sistema moderno, que permita que as as empresas possam competir no mercado internacional e no mercado interno. A reforma é vital", ressaltou Marco Polo.

Em relação à alta do dólar nas últimas semanas, os empresários não se mostraram ainda muito preocupados, apesar de acrediatrem que, de um lado beneficia as exportações, encarece as importações de vários componentes.

Para José Velloso, presidente da Abimaq, o nível de ociosidade nas indústrias está tão elevado, em torno de 55%, que dificilmente as indústrias poderão repassar eventuais altas de custos com as importações de insumos para seus produtos.

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O grupo Coalização Industrial é formada por diversas associações como do setor automotivo, calçados, brinquedos, cimento, comércio exterior, construção civil, máquinas e equipamentos, setor químico e têxtil , que representam cerca de 45% do PIB e 65% das exportações de manufaturados.

Os empresários afirmaram esperar que a reforma tributária consiga ser aprovada ainda no primeiro semestre deste ano, antes das eleições municipais . Segundo Marco Polo, os empresários vêm mantendo reuniões com Guedes, além de manter intenso contato com o Congresso.

"A maior prioridada da Coalizão indústria é a retomada do crescimento econômico. E para essa retomada é preciso primeiro arrumar a casa fazendo o ajuste fiscal. Depois da reforma da Previdência que já foi feita, tem agora a reforma tributária, mas tem também uma parte referente à necessidade de redução dos gastos públicos, que envolve a reforma administrativa", destacou Marco Polo.

O presidente da Abit, associação da indústria têxtil, Fernando Pimentel, ressaltou a importância da reforma tributária para a redução do custo Brasil, que hoje representa um custo de R$ 1,4 trilhão a R$ 1,5 trilhão, para as indústrias, o que faz com que seja difícil a competição com demais países.

"Nós perdemos a capacidade de investir, e o Brasil não cresce há 40 anos de forma expressiva", defendeu.

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"A indústria é a o maior pagador de impostos dentro de todos os segmentos da economia e o mais exposto à competição mundial. Por isso as reformas que estão no congresso são fundamentais para uma agenda futura muito mais favorável do que a de hoje. São reformas difíceis, o desafio é grande. Mas não podemos esquecer que o desenvolvimento econômico é crucial para o país", ressaltou Pimentel.

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