PIB de 2019 cresce 1,1% menos do que 2018 e 2017, mostrando paralisação na economia
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
PIB de 2019 cresce 1,1% menos do que 2018 e 2017, mostrando paralisação na economia










resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do País em 2019, de crescimento de 1,1% divulgado nesta quarta-feira (4) pelo IBGE, mostra que a crise econômica que o Brasil enfrenta desde 2015 não foi superada.

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Essa é a avaliação do diretor da Faculdade de Economia da PUC-SP, Antônio Corrêa Lacerda. “O PIB per capita em 2019 está 7,5% menor do que era antes da crise. Isso mostra que a economia do país ainda não superou a crise”, explica o economista.

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O PIB per capita é calculado dividindo o valor do PIB pelo número de habitantes sendo também utilizado para medir o desenvolvimento econômico de um país ou região.

O economista ainda aponta a desaceleração de alguns setores como outro sinal de desaquecimento. O consumo das famílias que cresceu 1,8%, menos do que em 2018 (2,1%) e 2017 (2%). Os investimentos também cresceram menos, 2,2% em 2019, frente 3,9% em 2018 e 2,6% em 2017.

O resultado da economia no primeiro ano do governo Bolsonaro está pouco abaixo dos dois anos anteriores que também foram de crescimento próximo de 1%. O PIB brasileiro foi de 1,3% tanto em 2018 como em 2017.

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Para Lacerda, em 2020, o Produto Interno Bruto também não deve superar esse índice. “O número deve ser em torno de 1,3% para 2020 . A economia já está sendo afetada pelo coronavírus, isso vai prejudicar as exportações brasileiras. Em outros países isso também já se percebe o impacto”, avalia.

Não funcionou

As ações da equipe econômica não surtiram o efeito esperado na avaliação do professor e por isso o resultado veio abaixo do esperado.

“As reformas aprovadas e a política liberal adotada pelo governo não surtiram efeito na confiança do mercado e a economia não cresceu. Sem crescimento econômico o empresário não contrata, a renda cai e com ela o consumo”, explica Lacerda sobre o porquê da economia não deslanchar.  

“Faltam políticas públicas para incentivar o crescimento, como investimentos públicos e uma política industrial ”, afirma o professor.

Mesmo para 2021, o economista é cético. “Não adianta achar que vai conseguir um resultado diferente insistindo na mesma política. Se não repensar os caminhos definidos da equipe econômica, o crescimento continuará baixo”, conclui.

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