Em meio ao receio de uma recessão global provocada pelo novo coronavírus, o dólar subiu nesta segunda-feira (2) e voltou a bater recorde nominal desde a criação do real.
Já o Euro superou a barreira de R$ 5 pela primeira vez, mas recuou no fim do dia. A bolsa de valores , no entanto, continua a recuperar-se e subiu pela segunda sessão seguida.
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Em alta pela nona sessão seguida
, o dólar comercial encerrou esta segunda
-feira (2) a R$ 4,487, com alta de R$ 0,006 (+0,13%). A cotação oscilou bastante ao longo da sessão.
Na máxima do dia, por volta das 11h50, a cotação chegou a R$ 4,502 . A divisa chegou a cair para R$ 4,475 durante boa parte da tarde, mas voltou a superar os R$ 4,48 na última hora de negociação.
Desde o começo do ano, o dólar acumula valorização de 11,81% . O Euro comercial também fechou com recorde. Depois de ultrapassar os R$ 5 várias vezes ao longo do dia, a divisa encerrou a segunda -feira vendida a R$ 4,996 , com alta de R$ 0,056 (+1,12%).
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O Banco Central (BC) amenizou as intervenções
no câmbio. Diferentemente dos últimos dias, a autoridade monetária não leiloou novos contratos de swap
cambial, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro. O BC apenas rolou (renovou) R$ 650 milhões de contratos de swap
que venceriam em abril.
Fechamento da Bolsa
O mercado de ações teve um dia de recuperação . Em alta pela segunda sessão seguida, o índice Ibovespa, da B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo), encerrou esta segunda -feira aos 106.625 pontos, com alta de 2,36%.
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O indicador alternou altas e baixas durante a manhã, mas consolidou os ganhos durante a tarde. Na sexta -feira (28), o Ibovespa chegou a operar abaixo de 100 mil pontos por alguns minutos.
Nas últimas semanas, o mercado financeiro em todo o mundo tem atravessado turbulências em meio ao receio do impacto do coronavírus sobre a economia global.
Hoje , a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu, de 2,9% para 2,4%, a previsão de crescimento econômico mundial para 2020 em decorrência da doença.
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Com as principais cadeias internacionais de produção
afetadas por causa da interrupção da atividade industrial na China, indústrias de diversos países, inclusive do Brasil, sofrem com a falta de matéria-prima para fabricar e montar produtos.
A desaceleração da China, segunda maior economia do planeta, também pode fazer o país asiático consumir menos insumos, minérios e produtos agropecuários brasileiros.
Uma eventual redução das exportações para o principal parceiro comercial do Brasil reduz a entrada de dólares, pressionando a cotação.
Entre os fatores dom ésticos que têm provocado a valorização do dólar, está a decisão recente do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de reduzir a taxa Selic – juros básicos – para 4,25% ao ano, o menor nível da história.
Juros mais baixos desestimulam a entrada de capitais estrangeiros no Brasil, também puxando a cotação para cima.