A atuação do Banco Central ( BC ) no mercado futuro de câmbio fez a cotação do dólar norte-americano cair pelo segundo dia seguido. O dólar comercial encerrou, nesta sexta -feira (14), vendido a R$ 4,301, com queda de R$ 0,034 (-0,79%). Com isso, o real é a moeda que mais desvalorizou frente o dólar em 2020, tendo uma queda no valor de 6,22% entre 2 de janeiro e 14 de fevereiro.
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A divisa operou em queda
durante toda a sessão. Na mínima do dia, por volta das 16h30, o dólar
chegou a ser vendido a R$ 4,294, mas a cotação voltou a ficar acima de R$ 4,30 nos minutos finais de negociação.
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A divisa encerrou a semana com queda de 0,84%. Esta foi a primeira vez no ano que a moeda registrou queda semanal. Em 2020, o dólar acumula alta de 7,18%.
Assim como ontem (13), o BC vendeu US$ 1 bilhão em contratos de swap cambial, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro. O BC não anunciou leilões de novos contratos de swap para segunda -feira (17), apenas a continuação da rolagem (renovação) de US$ 650 milhões diários que está sendo feita desde o início do mês.
O mercado de ações não foi influenciado pelo câmbio e teve a sessão mercada pelo nervosismo. Pelo segundo dia seguido , o índice Ibovespa, da B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo ), caiu.
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O indicador fechou o dia com queda de 1,11%, aos 114.380 pontos. Depois da divulgação pelo Banco
Central
de que a atividade econômica caiu 0,27% em dezembro, o índice acelerou a queda
.
Nas últimas semanas, o dólar tem sido pressionado. Entre os fatores dom ésticos, está a decisão recente do Comitê de Política Monetária ( Copom ) do Banco Central de reduzir a taxa Selic – juros básicos – para 4,25% ao ano, o menor nível da história. Juros mais baixos desestimulam a entrada de capitais estrangeiros no Brasil , também puxando a cotação para cima.
No cenário externo, o receio de que o surto de coronavírus traga impactos para a China planeta prejudica o Brasil . Isso porque uma eventual desaceleração do país asiático , o maior comprador de produtos brasileiros no exterior , pode reduzir as exportações de produtos primários . A queda das vendas externas diminui a entrada de dólares no país, também pressionando o câmbio.