Na última quarta, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o dólar mais baixo permitia empregadas domésticas irem à Disney
José Cruz/Agência Brasil
Na última quarta, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o dólar mais baixo permitia empregadas domésticas irem à Disney

Na manhã desta sexta-feira (14), o dólar opera em queda, dando sequência à trégua da quinta-feira (13), em mais um dia de intervenção do Banco Central no mercado de câmbio. Em semana turbulenta, até quarta, a moeda havia batido quatro recordes consecutivos. Às 9h04, a moeda norte-americana caía 0,2%, vendida a R$ 4,3253.

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Na quinta-feira, o dólar abriu em alta e chegou a alcançar R$ 4,38, mas fechou em baixa depois da intervenção do Banco Central, que realizou um leilão extra de contratos de swap cambial . A moeda encerrou o dia vendida a R$ 4,3339, em uma queda de 0,38%.

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Na última quarta, a moeda voltou a causar polêmica. Isso porque o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o dólar mais baixo permitia empregadas domésticas irem à Disney, nos Estados Unidos. O ministro acrescentou que a alta do dólar fará "todo mundo conhecer o Brasil".

"Não tem negócio de câmbio a R$ 1,80. Vou exportar menos, substituição de importações, turismo, todo mundo indo para a Disneylândia. Empregada doméstica indo pra Disneylândia, uma festa danada. Mas espera aí? Espera aí. Vai passear ali em Foz do Iguaçu, vai ali passear nas praias do Nordeste, está cheio de praia bonita. Vai para Cachoeiro do Itapemirim, vai conhecer onde o Roberto Carlos nasceu. Vai passear no Brasil, vai conhecer o Brasil, que está cheio de coisa bonita para ver", declarou.

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Entre os fatores domésticos que têm pressionado o dólar está a decisão recente do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de reduzir a taxa Selic – juros básicos – para 4,25% ao ano, o menor nível da história. Juros mais baixos desestimulam a entrada de capitais estrangeiros no Brasil, também puxando a cotação para cima.

Na China, o receio de que o surto de coronavírus traga impactos para a segunda maior economia do planeta voltou a trazer instabilidade no mercado internacional. A mudança de metodologia de identificação do vírus pelas autoridades chinesas fez o número de casos disparar.

Os contratos futuros das principais bolsas de valores do mundo passaram a registrar queda após a notícia, que indica a possibilidade de o surto ser maior que o inicialmente divulgado.

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