Com a manutenção da Selic, a taxa básica de juros do Brasil, a 4,5% ao ano em 2020, a rentabilidade da poupança no fim do ano que vem não vai cobrir a projeção da inflação.
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Isso significa que se os cenários
desenhados hoje pelos economistas se cumprirem, o dinheiro guardado na poupança vai perder uma parte do poder de compra 'abocanhado' pela inflação.
Entenda o cálculo
Um estudo feito pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) divulgado pelo site G1,mostra que mostra que, com a Selic a 4,5% ao ano, a poupança passa a render apenas 0,26% ao mês e 3,15% ano ano .
Isso porque desde 2012, a correção anual da poupança equivale a 70% da taxa básica (Selic) mais a TR (que esté em zero há dois anos), quando a Selic está abaixo de 8,5%.
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Já a projeção atual do Boletim Focus do Banco Central é que o IPCA, inflação oficial do País, chegue a 3,6% no ano que vem.
Portanto, segundo a Anefac, a poupança terminará 2020 com um retorno 0,43% menor que a inflação.
Isso significa que se alguém tiver R$ 100 na poupança em janeiro de 2020, e deixá-lo lá, em janeiro de 2021 vai receber R$ 103,15. Porém, a inflação, no mesmo período, terá retirado R$ 3,60 do poder de compra real de R$ 100. Sendo assim, o poupador terá "perdido" R$ 0,45.
Devo tirar o dinheiro da Poupança ou deixar de poupar?
Segundo especialistas, a poupança pode continuar sendo uma boa opção de investimento, principalmente para quem vai precisar acessar o valor no curto prazo .
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"A poupança é uma aplicação popular, fácil, tem sua finalidade. Mas deve ser vista como reserva de curto prazo, muito curto prazo", afirmou Reinaldo Domingos, presidente da Associação de Educadores Financeiros (Abefin), em entrevista ao G1.
A poupança continua valendo a pena para:
- economizar pequenas quantias por mês
- quem precisa resgatar o dinheiro em poucos meses
- fazer um fundo de emergências
- quem tem depósitos feitos até maio de 2012, já que nesse caso o rendimento continua fixo em 6,17% ao ano
- não guardar dinheiro em casa; vale lembrar que na poupança uma parte da perda da inflação é recuperada