Depois de duas tentativas frustradas, o governo federal conseguiu realizar a concessão da Lotex, braço de loterias instantâneas da Caixa Econômica Federal, conhecida como raspadinha . O grupo vencedor foi o Consórcio Estrela Instantânea, o único a apresentar proposta, que ofereceu R$ 96,6 milhões pela parcela inicial de outorga.
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O valor representou ágio zero, já que o valor mínimo exigido eram exatamente os R$ 96,6 milhões. A concessão é de 15 anos.
Para ter sucesso neste leilão
, realizado na B3, em São Paulo, foram feitas adaptações no edital,tornando o certame mais atraente para investidores. Em junho do ano passado e maio deste ano, dois leilões marcados acabaram sendo cancelados por falta de interessados.
O valor mínimo da outorga foi reduzido de R$ 1 bilhão para R$ 542 milhões. O vencedor da disputa poderá parcelar a compra em oito vezes e não quatro, como estava previsto nos editais anteriores. Além disso, a receita mínima anual exigida dos grupos para poderem participar da concorrência foi reduzida de R$ 1,2 bilhão para R$ 560 milhões.
O edital mais recente prevê que o governo terá direito a receber 16,7% do faturamento do operador da Lotex
, sem contar Imposto de Renda e demais impostos.
A previsão do governo é de que a concessão eleve fortemente os pontos de venda. Hoje, há 13 mil pontos de venda e a projeção é de que, nos próximo anos, essa rede chegue a 65 mil pontos, já que o mercado mercado de loteria no Brasil está distante da média mundial.
A venda faz parte do pacote de privatizações anunciado pelo Ministério da Economia, ainda na gestão do presidente Michel Temer. A Caixa Econômica Federal espera conseguir levantar R$ 100 bilhões no mercado de capital com a venda da Lotex e de outros ativos.
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Além da loteria, o banco quer se desfazer das divisões de cartões, seguridade e gestão de recursos. A expectativas é arrecadar R$ 100 bilhões com esses ativos.