Golpistas ofereciam a segurados do INSS a falsa promessa de revisão de benefícios a partir de ações judiciais
Arquivo/Agência Brasil
Golpistas ofereciam a segurados do INSS a falsa promessa de revisão de benefícios a partir de ações judiciais

Uma ação conjunta de policiais civis, agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e integrantes do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), nesta quinta-feira (27), resultou na prisão de 16 pessoas suspeitas de aplicar golpes contra aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O grupo teria movimentado R$ 189 milhões em transações irregulares.

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Segundo a polícia, os golpistas ofereciam a segurados do INSS a falsa promessa de revisão de benefícios a partir de ações judiciais, que supostamente resultariam na atualização dos valores recebidos e no pagamento de montantes atrasados. As vítimas seriam quase todas idosas.

A partir daí, os aposentados e os pensionistas seriam induzidos a se filiar a entidades que os representariam em processos contra o INSS na Justiça, pagando anuidades a essas associações. O argumento para convencê-las era o de que já havia decisões favoráveis aos segurados da Previdência Social no STF (Supremo Tribunal Federal). Mas, na prática, os processos nunca foram ajuizados ou foram extintos sem o julgamento do mérito.

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Ainda segundo as investigações, de 2014 e 2019, foram movidas 226 ações entre execuções de títulos extrajudiciais e ações de cobrança das anuidades. Todos os casos são investigados individualmente e os denunciados são acusados por crimes de lavagem de dinheiro. O MP-RJ pede também a reparação dos prejuízos sofridos pelas vítimas.

Resultado parcial da operação

A ação policial acontece no Rio de Janeiro, em São Paulo , no Espírito Santo e na Bahia, e visa a cumprir mandados de prisão e busca e apreensão contra 33 supostos integrantes do esquema. Além da prisão de 16 pessoas, a operação desta quinta também levou à apreensão de R$ 293 mil.

Segundo os agentes, até o início da tarde, 14 pessoas já haviam sido presas em São Paulo, além de uma no Rio de Janeiro e outra na Bahia. As transações consideradas irregulares foram apuradas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras ( Coaf ).

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As investigações que resultaram na operação policial foram iniciadas em 2014, a partir de inquérito policial instaurado na 1ª DP (Praça Mauá), que foi concluído e encaminhado Ministério Público em 2017.

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