A maternidade é tema recorrente para as mulheres nas entrevistas de emprego, haja visto que sete a cada dez (71%) delas disseram ter sido abordadas sobre filhos e planos de engravidar em seu processo seletivo mais recente, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (10) pela Catho.
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Embora a a lei trabalhista vete demissão sem justa causa durante a gravidez e até 5 meses depois do parto, 20% das mulheres relataram terem sido demitidas durante a gravidez ou no período de licença-maternidade. Outras queixas destacadas são comentários desagradáveis (em especial de chefes), redução de carga horária e salário e exclusão de projetos por conta da maternidade, além de ter a qualidade subestimada.
As queixas foram feitas por mais de metade das entrevistadas. Segundo pesquisa do site Vagas.com, 52% dizem ter passado por situações abusivas ou desagradáveis no período englobado pela legislação trabalhista brasileira.
A apuração também aborda mães que estão no mercado de trabalho , procurando entender as dificuldades enfrentadas por elas. Entre elas, 48% dizem que já passaram por problemas no emprego por ausência motivada por questões de saúde dos filhos. Outras dificuldades citadas são pedidos para chegar mais tarde por reuniões escolares (24%), atraso por exaustão (10%), ter que levar o filho ao trabalho (10%) e atraso pela rotina (10%).
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A pesquisa que aborda os desafios das mulheres e mães no mercado de trabalho foi realizada em 2018, ouvindo 2,3 mil pessoas no País.